Uma epidemia de gripe já se alastrou por 47 dos 50 Estados americanos
e matou 20 crianças. A contaminação de quase 20 mil pessoas no Estado
de Nova York forçou o governador Andrew Cuomo a decretar situação de
emergência de saúde pública no sábado. A correria pela vacinação tem
sido intensa, sobretudo em Nova York, o segundo destino favorito dos
turistas brasileiros.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a
influenza surgiu antes do período normal nos EUA, no final de novembro, e
seu risco de contaminação continuará elevado por semanas. Em nove das
dez regiões há alto registro de pessoas doentes. No Estado de Nova York,
Cuomo afirmou que o total de contaminados - 19,1 mil pessoas - é cinco
vezes maior que na temporada anterior. "Vivemos o pior período de gripe
desde 2009. A influenza está se espalhando, com casos registrados em
todos os nossos 57 condados e em todos os 5 bairros da cidade de Nova
York", alertou.
A gripe predominante neste ano nos EUA é a H3N2, uma derivação do
tipo A (suína) que surgiu na China no fim dos anos 1960. Tosse forte,
prostração e febre alta são sintomas comuns. Cerca de 20% dos casos
registrados até agora, porém, são de influenza do tipo B. Medidas
simples são recomendadas, como manter o doente em casa até a sua
recuperação, lavar as mãos com frequência e se vacinar.
"Se você está vacinado, tem 60% menos riscos de pegar gripe. Sabemos
há muito tempo que a vacina contra a gripe está longe de ser perfeita,
mas é o melhor instrumento para a prevenção da doença", afirmou Thomas
Frieden, diretor do CDC.
Em Nova York, os estoques de vacina das farmácias baixaram
drasticamente no último fim de semana. A expectativa do Departamento de
Saúde do município era a de normalização da oferta ainda ontem.
Problemas semelhantes foram observados nos Estados de Colorado e
Michigan e na capital, Washington.
Viagem. No Brasil, o Ministério da Saúde afirmou, em nota, que não há
recomendação de cancelamento de viagem para os EUA. A pasta observa que
viajantes - principalmente idosos, crianças, grávidas e imunodeprimidos
- devem evitar contato com doentes, lavar as mãos várias vezes por dia e
procurar atendimento médico imediatamente, caso apareçam sintomas. Não é
obrigatório se vacinar antes de viajar. Quem buscar vacinação em
clínicas privadas deve observar o prazo de validade. / COLABOROU MARIANA
LENHARO
ESTADÃO
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