A Paraíba é uma área livre de três das principais pragas
quarentenárias da cultura de citros: pinta preta, cancro cítrico e
greening. O reconhecimento oficial veio do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (Mapa), em comunicado feito à Secretaria do
Desenvolvimento da Agropecuária e Pesca (Sedap), por meio de ofício.
O reconhecimento é oportuno para um Estado que se destaca pela
produção de frutas cítricas. Segundo dados da Defesa Vegetal, o plantio
de citros acontece em 928 propriedades rurais paraibanas, totalizando
uma área de 1.983,6 hectares. O município de Matinhas, localizado na
microrregião do Brejo, é o maior produtor no Estado de laranja e
tangerinas.
De acordo com o secretário da Sedap, Marenilson Batista, a
certificação como área livre de doenças quarentenárias foi possível
devido ao rigoroso trabalho da Sedap, por meio da Defesa Agropecuária
Vegetal, atendendo as normativas do Ministério da Agricultura.
“Viabilizamos recursos para a adequação de ambientes produtivos, assim
como fizemos o monitoramento sistemático de pragas e a fiscalização de
trânsito, de materiais propagativos e de frutos”, disse.
Com o reconhecimento de área livre de doenças, segundo o secretário
da Agricultura Familiar, Alexandre Eduardo, a produção orgânica no
Estado será reforçada. “Os produtores estão sendo capacitados no
controle de agrotóxicos e de pragas”, adiantou.
O controle de doenças quarentenárias da Paraíba se deu a partir de
estudos realizados pela Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da
Paraíba (Emepa), na descoberta de formas naturais de controle.
Defesa fitossanitária – Para o gerente executivo da
Defesa Agropecuária, Rubens Tadeu Nóbrega, com o reconhecimento e a
manutenção da condição fotossanitária das pragas do citros pelo Mapa, a
Paraíba poderá comercializar frutas e mudas com outros estados, pois o
documento atestará a sanidade desses produtos.
De acordo com ele, para obter a classificação do ministério, a Defesa
Agropecuária atualizou o cadastro das propriedades produtoras de citros
com georeferenciamento e realiza inspeção constante em pomares
comerciais, para verificar a ocorrência de pragas. Também mapeia rotas
de trânsito de citros no Estado e monitora áreas plantadas, variedades
cultivadas, origem do porta-enxerto, origem das borbulhas, produção de
mudas e destino da produção.
Além da fiscalização, a Defesa desenvolve ações de educação sanitária
entre pequenos produtores paraibanos, alertando-os quanto à importância
de estar em dia com a documentação fitossanitária de origem (CFO).
Reforça, ainda, a vigilância em barreiras sanitárias fixas e móveis,
principalmente nas divisas do Estado. “Os resultados alcançados
demonstram os avanços da defesa na área vegetal, reconhecidos pelo
Ministério da Agricultura”, disse Marenilson.
A Defesa Agropecuária segue as normativas do Mapa e tem intensificado
o monitoramento e as notificações nas áreas de focos, fiscalizações do
trânsito de materiais cítricos, capacitação de agentes pragueiros e
produtores rurais.
Praga quarentenária – Conforme a Agência de
Informação da Embrapa (http://migre.me/8j31A), a praga quarentenária é
todo organismo de natureza animal e/ou vegetal que, estando presente em
outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui
ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta.
Tais organismos são geralmente exóticos para esse país ou região e
podem ser transportados de um local para outro, auxiliados pelo homem e
seus meios de transporte, por meio do trânsito de plantas, animais ou
frutos e sementes infestadas.
Secom PB
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