Zagueiro do Treze diz que foi vítima de racismo durante jogo no Amigão

Anderson disse ainda que foi atingido por spray de pimenta disparado pela polícia no intervado da partida contra o Campinense, neste domingo

Anderson, zagueiro e capitão do Treze
(Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)

O zagueiro e capitão da equipe do Treze, Anderson, usou sua conta pessoal no microblog Twitter para revelar que teria sido alvo de xingamentos racistas durante a partida entre Campinense e Treze neste domingo e que acabou com a vitória raposeira por 2 a 1.

Logo após o jogo, o atleta se disse indignado com as ofensas e também revelou ter sido atingido por um jato de spray de pimenta disparado pela polícia para conter os ânimos dos jogadores que cobravam explicações do trio de arbitragem na saída para o intervalo da partida.

- Podem jogar spray de pimenta, chamar de preto. Tenho orgulho da minha raça, da minha cor. Muito indignado com isso tudo – comentou o jogador através do Twitter.

Polícia precisou intervir para conter tumulto no
Amigão (Foto: Silas Batista)

Outro atleta galista que usou a internet para recriminar as ações racistas foi o goleiro Felipe Eduardo, titular no jogo deste domingo. O jogador pediu desculpas aos torcedores trezeanos por conta da derrota e lamentou o fato de alguns jogadores do Galo terem sido chamados de “macaco” pela torcida adversária.

- Infelizmente perdemos. Lamentável atitude de torcedores do Campinense chamando de macaco os nossos atletas – postou Felipe Eduardo.

O segundo Clássico dos Maiorais do ano foi recheado de confusões dentro e fora de campo. Além das acusações de racismo relatadas pelo zagueiro Anderson, foram registrados tumultos no vestiário do trio de arbitragem, além de brigas entre torcidas na área externa e entre jogadores no estacionamento do Amigão.

Jogo entre Campinense e Treze terminou em 2 a 1 (Foto: Silas Batista)