Já estão em liberdade seis das oito pessoas detidas na Operação Dublê, realizada pela Polícia Federal na Paraíba. De acordo com a unidade da agência em Patos, o mandado de prisão expedido contra os suspeitos em questão era temporário e expirou nesta quarta-feira (9).
Os presos são acusados de participar de um esquema de desvio de dinheiro público nas prefeituras de dois municípios do Sertão da Paraíba: Cacimba de Areia e Catingueira. Os prefeitos das duas cidades continuam detidos.
De acordo com a PF, teriam sido desviados mais de R$ 5 milhões em recursos públicos para as duas prefeituras. O prefeito de Cacimba de Areia, Inácio Roberto de Lira Campos (PMDB) estava foragido e se entregou à polícia nessa terça-feira (8). Os advogados não conseguiram o habeas corpus. Já o de Catingueira, Edvan Félix (PR), permanece detido porque, durante a prisão, a polícia o encontrou com uma espingarda calibre 12 de uso restrito.
Os suspeitos foram detidos na última sexta-feira (4), quando foi deflagrada a operação que investiga empresários, políticos e funcionários públicos acusados de participarem do desvio de dinheiro. Teriam sido desviados aproximadamente R$ 1,5 milhão em verbas da Saúde, R$ 1 milhão de Educação e Ação Social e R$ 2 milhões do Desenvolvimento Rural e Infraestrutura Urbana.
O dinheiro seria proveniente de programas do Governo Federal, como Programa de Erradicação do Trabalho Infantil e do Projovem, além de outros vinculados ao Fundo Nacional de Assistência Social (Fundef), Sistema Único de Saúde (SUS) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Para fazer uso particular desses recursos, os políticos e funcionários públicos teriam sacado valores em favor das tesourarias das prefeituras e criado licitações fictícias com notas fiscais clonadas. A falsificação serviria para prestar contas aos órgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas da Paraíba.
O inquérito da investigação ainda não foi encaminhado ao Ministério Público, nem há previsão de quando será remetido. Todo o material apreendido - cheques, discos rígidos de computadores, além de contas pessoais que eram pagas com verbas públicas - passa por avaliação. Segundo a PF, os envolvidos no esquema podem ser indiciados pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude a licitação, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Patos Online | PBAgora
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