O Google está pagando uma multa recorde de US$ 22,5 milhões (cerca de R$
45,4 milhões) para findar o caso em que é acusado de rastrear milhões
de internautas usuários do navegador Safari, da Apple --o que o Google
havia se comprometido a não fazer em acordo com o governo americano.
A pena, anunciada nesta quinta (9) pela FTC (Federal Trade Comission,
equivalente americana da brasileira Comissão de Valores Mobiliários), é a
maior já aplicada pelo órgão por descumprimento de um acordo.
O Google nega ter agido de maneira ilegal.
A multa não é aplicada pela coleta de dados pelo Google de maneira
irregular, mas por ocultar o fato. Em outubro último, o Google havia
assinado um acordo de 20 anos que, entre outras disposições, incluía o
compromisso de não enganar seus usuários quanto a sua privacidade.
COOKIES
O rastreamento ocorre por meio dos pequenos programas cookies, que
ajudam os serviços de internet e publicitários a direcionar propaganda
conforme os interesses dos internautas baseando-se em sua navegação.
Assim que foi notificado oficialmente da irregularidade, o Google interrompeu imediatamente a coleta dos dados.
Mas o contorno da configuração do navegador da Apple contradizia as
páginas de ajuda do Google, que afirmavam que usuários do Safari não
precisavam fazer nada para garantir que sua atividade não seria
rastreada pelo gigante de buscas.
A contradição entre as palavras do Google e suas atitudes se tornaram o ponto mais importante da investigação da FTC.
RECORDE
A multa aplicada ao Google é US$ 19 milhões maior que a anterior maior
pena, que fora aplicada a uma empresa de telemarketing ao descobrir-se
que ela roubava dinheiro de pessoas que acreditavam estar doando
quantias à filantropia.
As ações do Google subiram US$ 0,60 para US$ 642,83 na tarde desta quinta.
Folha de São Paulo
Folha de São Paulo
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