A 3ª Mostra do ‘Escola Aberta’ reuniu mais de 300 alunos, professores e pessoas que participam do programa nas 24 escolas estaduais de João Pessoa, na manhã deste sábado (14), no ginásio do Lyceu Paraibano, para uma exibição das atividades oferecidas. Exposições de artesanato, espetáculos de dança, esporte e música marcaram o evento, promovido pela Secretaria de Estado da Educação, por meio da 1ª Gerência Regional de Educação, com sede em João Pessoa.

Atualmente, sete mil pessoas participam do projeto, que oferece cursos e oficinas aos sábados e de forma gratuita para alunos, pais, parentes e a comunidade em geral que vive próximo à escola. De acordo com a coordenadora do Escola Aberta em João Pessoa, Aparecida Uchôa, o programa veio ligar a escola e a comunidade. “A participação da comunidade enriquece a educação, dando atenção e visibilidade aos talentos de cada bairro. Eles sentem que são importantes, com novas perspectivas de vida”, disse.

Para Antônio Leonardo da Silva, 22 anos, um dos alunos das oficinas de dança oferecidas na Escola Estadual Luiza Lima Lobo, no Alto do Mateus, as aulas oferecem novas perspectivas para os jovens de periferia. “Estas atividades ocupam a mente da juventude, que antes só tinha as drogas e a criminalidade para se ocupar. É um jeito bacana de fazer atividade física, de forma saudável”, avalia o jovem.

Já o professor de dança Jailson Júnior, 22, que ministra aulas há dois anos na Escola Santos Dumont, no Bairro das Indústrias, o principal benefício das atividades é incentivar uma cultura de paz nas periferias da cidade. “Conseguimos trazer as pessoas para a escola no sábado, promovendo respeito e diversidade. Eu sou uma das primeiras pessoas da cultura hip hop a entrar em um curso superior de dança e isso também tem incentivado os alunos a procurarem o caminho dos estudos”, disse.

Escola Aberta – O Programa Escola Aberta incentiva e apoia a abertura, nos finais de semana, de escolas públicas de educação básica localizadas em territórios de vulnerabilidade social. Em parceria, alunos, estudantes e funcionários dessas escolas e a comunidade que reside no entorno se integram em atividades educativas, culturais, artísticas e esportivas.

A proposta do programa é fortalecer a convivência comunitária, evidenciar a cultura popular, as expressões juvenis e o protagonismo da comunidade, além de contribuir para valorizar o território e os sentimentos de identidade. A troca de saberes pode redimensionar os conteúdos pedagógicos, tornando a escola mais inclusiva e competente na sua ação educativa.

Desterro1.com | Com Secom