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5 de set. de 2014

Programa de Marina recicla trechos de discurso feito em Nova York em 2010

Apesar de Marina Silva ressaltar que as 242 páginas de seu programa de governo são fruto de amplo debate popular feito neste ano, a parte econômica aproveita várias colagens de um discurso que a candidata do PSB ao Palácio do Planalto fez há mais de quatro anos, em Nova York.

Não há no atual documento menção ao fato de esses trechos terem sido pinçados de uma exposição datada de 2010 nem que a autora é a própria presidenciável.

O programa da pessebista defende hoje que "para estabelecer uma ponte entre o Brasil do presente e o do futuro é imprescindível uma educação de qualidade, formadora de cidadãos comprometidos com uma vida social solidária, motivados e preparados para os desafios de uma sociedade que demanda cada vez mais informação e conhecimento".

O trecho é cópia quase integral de parte da palestra que Marina fez a investidores em Nova York, durante um evento promovido pela Bolsa de Valores de São Paulo.

A Folha identificou outros oito exemplos de grandes trechos desse discurso de 2010 que agora foram colados, sem contextualização e crédito, no programa de governo.

Tanto Marina quanto o então candidato Eduardo Campos –morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto– sempre destacaram que o atual programa foi amplamente debatido neste ano com diversos setores da sociedade. Cinco seminários regionais foram realizados.

Em discurso na sexta-feira (29), durante o lançamento oficial do texto, Marina citou as "mais de 6.000 pessoas que contribuíram para, de forma colaborativa, chegarmos a esse programa".

Um dos coordenadores do documento, o ex-deputado Maurício Rands (PSB-PE) também falou nesta quinta (4) sobre o processo, em bate papo no site da campanha.

"O programa de governo foi constituído com a participação de cerca de 6.000 pessoas, com oficinas e seminários em diversos Estados, consultas a entidades da sociedade civil. Todos entregaram as suas contribuições".

Outra colagem também foi usada, sem citação, na área de política externa. Vários trechos sobre o Mercosul reproduzem resposta de Campos em entrevista à revista "Política Externa", publicada em julho deste ano.

Desde sua divulgação, o programa sofreu duas alterações, uma delas recuando em propostas para a comunidade gay, além de vir à tona que trechos inteiros do Plano Nacional de Direitos Humanos lançado pelos tucanos em 2002 foram reproduzidos na íntegra e sem citação de fonte.

Nesta quinta, o site "Brasil 247" divulgou que partes do conteúdo sobre ciência e tecnologia são colagens de textos já publicados. Eles reproduzem, sem citar fonte, resultados de conferência de tecnologia e desenvolvimento sustentável datada de 2011.

"Podem plagiar à vontade, espero que outros candidatos também plagiem", diz o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro Luiz Davidovich, secretário-geral da conferência, ressaltando que os resultados são públicos.

A campanha do PSB afirmou que o programa "está em revisão" e "deveria ter constado" uma nota de rodapé dizendo que as propostas "são baseadas" na conferência. Mas não explica os trechos de economia e política externa. 

Fonte: Folha de São Paulo

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