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14 de out. de 2014

TRENSALÃO DO PSDB: 10 anos de operação, 10 anos de impunidade

Levantamento bem interessante publicado hoje pela Folha de S.Paulo mostra as operações passo a passo do cartel do trensalão, o esquema que atuou durante 10 anos na área de transportes públicos em São Paulo e que operou livremente em três governos tucanos comandados por Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra (de 1998 a 2008).

O levantamento do jornal mostra que o cartel agia de ponta a ponta, em todas as etapas nas mais diversas fases das obras. Pelos dados que a Folha publica o trensalão funcionou nas fases de definição dos projetos; elaboração dos editais para as obras; na licitação pública; e na execução dos contratos.

O cartel do trensalão operou de 1998 a 2008 e o período em que mais atuou, de acordo com o Folhão, foi entre 2001 e 2005, no final do 2º governo Mário Covas (em 2001, ano em que o governador morreu), no 1º governo Geraldo Alckmin seu vice que o substituiu (2002 e 2006) e no início do governo José Serra (até 2008).

Nem sindicância interna séria o governo instaurou para investigação

Pior, o jornal não cobra, limita-se a dar o levantamento, mas nada disso jamais foi investigado pelo governo paulista. Sequer uma sindicância interna séria foi instaurada para apurar estes nebulosos negócios que envolviam centenas de milhões de reais.

Quem apura o cartel nos transportes públicos paulistanos é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) – a partir de denúncia de uma das participantes do esquema, a Siemens, numa espécie de delação premiada – o Ministério Público (MP) e a Polícia Federal (PF) – esta última, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) não manda arquivar os inquéritos que ela instaurou, como aconteceu recentemente.

Quando o cartel foi denunciado em 2008 o governador Covas já havia morrido; o governador Serra, agora eleito senador, sempre fica profundamente estressado e sempre diz que isso é “kit eleitoral do PT”; e o governador Alckmin desde então repete mantras. Reitera à exaustão que o Estado é o maior interessado em apurar tudo com o maior rigor e em punir os responsáveis.

Só que Alckmin jamais passou da palavra a ação. Pelo contrário, quando a justiça lhe pediu a relação dos nomes de empresas integrantes do cartel, ele mandou o nome só de uma. Um novo pedido da juíza o obrigou a enviar a relação completa com os nomes das 20 empresas. O Estado, por iniciativa de Alckmin, processa a Siemens, a empresa que delatou o cartel. Serra, mais recentemente, até pediu um troféu, disse que merecia recebê-lo pelo “combate” que deu a cartéis em seu governo.

Jose Dirceu

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