Chuva que renova a vida no Semiárido Brasileiro

Chega à época das chuvas no sertão. 

Entre os meses de outubro e janeiro a paisagem antes em tons de marrom e cinza dão lugar a uma exuberante variedade de vegetação nativa, a Caatinga! A chuva tão esperada pelos sertanejos vem com cheiro de esperança, enchem os reservatórios e cisternas com as águas abençoadas do céu. Chegam para expor no rosto dos bravos sertanejos um sorriso largo. Renova-se a vida nos solos do semiárido.

Água é o bem maior para que haja vida; e os sertanejos sabem o seu valor; valor este, que por muito tempo, moradores de outras localidades parecem ter esquecido. Cabe aqui uma reflexão - O uso indiscriminado deste precioso líquido hoje é sentido pelos grandes centros urbanos ao abrir uma torneira e não vê-lo cair. Recordo-me de uma realidade ainda presente, quando estas mesmas pessoas diziam que os sertanejos não produziam porque não queriam, que o semiárido era a região do atraso, que aqui só havia pessoas insuficientes. 

Outras localidades do Brasil deveriam aprender com os bravos nordestinos, que sabem hoje como passar pela estiagem sem maiores problemas. Espero que com esta seca em suas regiões, seus habitantes possam dar à água o valor que ela merece, e quem sabe, ainda, possam se conscientizar que nenhum sistema é maior que a natureza. Por isso, nós que vivemos no semiárido aprendemos a respeitá-la e a conviver com seus ciclos, somos bravos e fortes moradores de um sertão que ensina.

A chuva renova a vida e a alegria! O homem se vê menino, brincando na chuva, a mãe se vê parceira de brincadeiras com seu filho, o garoto, por sua vez, banha-se sob as águas abençoadas do céu. É chuva sim senhor, e muita! Chuva que anima que traz vida e esperança, chuva que abençoa os valentes moradores do semiárido. 

E viva o sertão!

Redação 

com CAA