Os novos ministros da Economia e do Planejamento começam a trabalhar nesta sexta-feira (28) no Palácio do Planalto. Nova equipe anunciada e já deu entrevista anunciando algumas medidas, mas ainda nada concreto.
Eles já deram alguns sinais. Reduzir os gastos para pagar a dívida pública e aumentar essa economia gradualmente que é para dar mais credibilidade. Confiança é a base para volta do crescimento, disse o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Os ministros não tomaram posse mas já estão trabalhando. Joaquim Levy foi indicado para o Ministério da Fazenda e Nelson Barbosa, para o Planejamento.
O novo homem forte da economia foi direto ao ponto: chegou anunciando as novas metas do governo para o superávit primário, economia feita para pagar os juros da dívida pública, que fugiu ao controle este ano. Em 2015 será o valor equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto e, no mínimo, 2% em 2016 e 2017.
“Alcançar essas metas é fundamental para o aumento da confiança na economia brasileira e criará a base para a retomada do crescimento econômico e a consolidação dos avanços sociais, econômicos e institucionais realizados nos últimos 20 anos. O Governo Federal dará o exemplo, aumentando sua poupança, especificamente, o superávit primário”, disse Levy.
Joaquim Levy deixa a chefia da área de investimentos do banco Bradesco para voltar à Esplanada dos Ministérios, onde já esteve em cargos e governos diferentes. Foi economista-chefe do Ministério do Planejamento na gestão do ex-presidente Fernando Henrique e também secretário do Tesouro Nacional do ex-presidente Lula.
O futuro ministro da Fazenda falou em superar a burocracia, disse que tem autonomia para conduzir a política econômica do governo e que vai fazer isso de forma transparente. Algumas medidas já estão em estudo.
Segundo Joaquim Levy, o corte de gastos é uma delas. “Nós não temos pressa para fazer pacote ou medidas relâmpagos. Algumas coisas vêm sendo discutidas que vão no caminho de diminuir despesa. Sem pacote, sem nenhumas grandes surpresas”, afirmou.
Nelson Barbosa vai comandar o Ministério do Planejamento, onde já trabalhou. Ele também passou pelo Banco Central, BNDES e foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Atualmente é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Barbosa defendeu o controle das contas públicas para garantir os investimentos na área social. “A continuidade do processo de inclusão social depende da estabilidade econômica. Depende da estabilidade da inflação, depende do crescimento da economia, que depende da confiança e da manutenção da estabilidade fiscal e monetária”, afirmou Nelson Barbosa.
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, vai continuar no cargo. Ele reconheceu que a inflação nos últimos 12 meses está alta e disse que vai trabalhar para trazê-la de volta ao centro da meta definida pelo governo, de 4,5% ao ano.
“A política monetária, nessas circunstâncias, deve se manter especialmente vigilante para conter os efeitos de segunda ordem desses ajustes de preços relativos. Ou seja, a política monetária deve evitar que esses ajustes se espalhem para o resto da economia na forma de aumento persistente da inflação”, diz Alexandre Tombini, presidente do Banco Central.
Para dar uma ideia dos compromissos fiscais assumidos pela nova equipe econômica, este ano governo deve conseguir economizar 0,19% do PIB para pagar os juros da dívida pública. E agora, vem essa meta de superávit primário de 1,2% em 2015.
Redação com Bom Dia Brasil
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