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12 de ago. de 2015

Bactéria 'comedora' de nicotina pode ser novo tratamento para o tabagismo, mostra estudo

Por que fumar é tão viciante? 

A resposta para essa pergunta a ciência já conhece de velho: a culpa é da nicotina, uma das principais substâncias do cigarro. Isso acontece por que ela ocupa o lugar da dopamina, um neurotransmissor do cérebro, interferindo na química cerebral. Mas, e se fosse possível impedir que essa substância chegue até o cérebro? 

Essa possibilidade está mais próxima, graças às descobertas de estudiosos do The Scripps Research Institute (TSRI), localizado na California, Estados Unidos. Depois de mais de 30 anos de estudos, eles conseguiram desenvolver uma enzima bacteriana capaz de "comer" a nicotina. Os cientistas inclusive compararam sua atuação com o Pac Man, personagem dos videogames que come seus inimigos. 

A bactéria é chamada Pseudomonas putida e foi encontrada no solo de plantações de tabaco e está acostumada a consumir a nicotina como sua única fonte de energia. Para absorver a substância ela usa uma enzima específica chamada NicA2, que pode ser replicada em laboratório. 

Nos estudos do grupo do TSRI, publicados no Journal of the American Chemical Society, ela é capaz de reduzir a meia vida, ou seja, o tempo necessário para reduzir pela metade a quantidade de uma substância no corpo. Para chegar a esta conclusão, eles fizeram testes em ratos: primeiro deram a eles uma quantidade de nicotina equivalente a um cigarro, e perceberam que ela tinha de 2 a 3 horas de meia vida. No entanto, quando a mesma quantidade foi dada a ratos com a enzima NicA2, a meia vida caiu para entre 9 e 15 minutos. Além disso, os produtos da enzima durante essa degradação não são tóxicos, de acordo com os pesquisadores. 

De acordo com os especialistas, esse tempo seria suficiente para impedir que a nicotina chegue ao cérebro, evitando o mecanismo de recompensa e acabando com o prazer em fumar. A ideia é evoluir essa enzima para que ela se torne um medicamento capaz de ajudar a parar de fumar. No entanto, os estudos ainda são muito preliminares: é preciso eliminar os traços de bactéria dessa enzima, para que ela não seja considerada um antígeno pelo sistema imunológico, entre outras questões. Mas o primeiro passo foi dado!


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