O Termo de Cooperação para uso das águas do Rio Paraíba foi assinado na manhã desta sexta-feira (12), em Barra de São Miguel, no Cariri, pelo governador Ricardo Coutinho e pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara. O Ministério Público Federal (MPF) questiona o ato e o considera arbitrário. O Governo não comunicou à Secretaria Nacional de Recursos Hídricos, Ministério da Integração ou Departamento Nacional de Obras Contra Seca (Dnocs).
Conforme a procuradora da República em Monteiro, Janaína Andrade, o Ministério da Integração não recebeu sequer um estudo técnico e precisa ser comunicado sobre todos os projetos de intervenção, já que a obra ainda não foi entregue ao Governo do Estado, embora o ente seja o gestor das águas.
Durante a solenidade o gestor paraibano afirmou que os questionamentos sobre a retirada de água do rio para abastecimento de cidades pernambucanas são uma paranoia e lembrou a ‘queda de braço’ em torno do fim do sistema de racionamento em Campina Grande e região.
“Existe uma paranoia, parece que todo mundo quer governar sem ser eleito e política é a arte do voto, da demonstração da prioridade do povo. Se não fosse a política Santa Cruz do Capibaribe não receberia água”, pontuou o governador.
O Termo de Cooperação prevê a construção de uma estação de tratamento e de uma adutora, que levará água para Pernambuco e Barra de São Miguel. “Agora novamente se tenta contaminar a mente da população dizendo que você não pode tirar a água de um canto, mas poderia tirar de outro. Uma bobagem enorme. Á água é a mesma”, acrescentou o governador.
Por sua vez, Paulo Câmara afirmou que parcerias como a firmada com a Paraíba melhoram o Brasil. “O país precisa de governantes que sentem na mesa, conversem sobre os desafios dos povos dos seus estados”, disse, acrescentando que o anúncio da construção da adutora é aguardado pela população do Agreste paraibano.
De Olho no Cariri
Com Mais PB
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