Produtos orgânicos do Projeto Cidades Sustentáveis foram destaque no município de Lapão, nesta sexta-feira (26). Além de melhorar a qualidade da alimentação das famílias, as ações têm incentivado a participação cidadã no semiárido baiano.
A produção de alimentos orgânicos no semiárido tem ganhado força, possibilitando segurança alimentar a diversas famílias
Alface, coentro, cebolinha, pimentão, rúcula, couve, entre outros produtos orgânicos, foram destaque na Feira Agroecológica do Projeto Cidades Sustentáveis, realizada nesta sexta-feira (26), em Lapão, a 495 km de Salvador. O evento contou com a participação das 36 famílias beneficiadas com o Projeto no município, que puderam comercializar os alimentos e divulgar os benefícios da prática da alimentação alternativa, cada vez mais forte na região semiárida.
A produtora Daiane Dourado, moradora Angical, distrito de Irecê, ficou feliz com o movimento de consumidores na barraquinha. “O Projeto é muito bom. Temos qualidade na alimentação e ainda aumentamos nossa renda”, disse Daiane, relatando que já possui nove canteiros agroecológicos no quintal de casa. “Dá trabalho, requer atenção, mas está sendo bom, tá valendo”, completou.
O Cidades Sustentáveis, que também atua nos municípios de Central e Uibaí é apoiado pela União Européia (UE), contemplando um total de 300 famílias de baixa renda. Além de incentivar a agricultura orgânica, a ação também estimula a participação cidadã, visando o atendimento às demais demandas na área das políticas públicas.
Orçamento público - Em Lapão, um dos resultados mais positivos é a proposta de emenda ao orçamento público municipal de 2011, voltada à execução de ações focadas na agricultura urbana e periurbana. Um diálogo permanente tem sido estabelecido com a Câmara de Vereadores, que está analisando a pauta. “Em quinze dias a proposta deverá ser votada pelos vereadores”, informou o vereador Orlando Vilela (PT), pouco antes da sessão ordinária, também realizada na sexta (26), com participação de representantes do Projeto.
“Nossa expectativa é que os vereadores acatem essa proposta. O assunto foi bastante discutido com os beneficiários, já que nosso objetivo também é mobilizar as famílias”, disse Paula Silva, coordenadora do Cidades Sustentáveis.
Por CAA Bahia
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