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18 de jan. de 2011

Resgate avança, mas ainda há soterrados e áreas inacessíveis

Resgate avança, mas ainda há soterrados e áreas inacessíveis

RIO DE JANEIRO/NOVA FRIBURGO (Reuters) - Quase uma semana depois da tragédia que matou ao menos 665 pessoas na região serrana do Rio de Janeiro, ainda há locais inacessíveis e muitas pessoas soterradas, disseram autoridade locais nesta segunda-feira.

'Não dá para calcular quantas pessoas ainda estão soterradas. Me baseio nos números do IML e do Corpo de Bombeiros, mas ainda tem muita gente soterrada', disse à Reuters o vice-governador do Estado, Luis Fernando Pezão.

Nesta segunda, a estabilidade do clima durante o dia facilitou os trabalhos na região. 'Esperamos que o clima se estabilize de vez para que as equipes de resgate avancem ainda mais', acrescentou Pezão.

Na cidade de Teresópolis, umas das mais castigadas pelas fortes chuvas, com 276 mortes confirmadas, as equipes de salvamento não conseguiram chegaram por terra até as localidades de Campo Grande e Santa Rita, situadas nas áreas urbana e rural, respectivamente.

'Só se chega lá através de helicóptero, o que torna o trabalho bem mais lento', afirmou uma funcionária da prefeitura, acrescentando que há ao menos 177 pessoas desaparecidas no município.

Para o superintendente da Defesa Civil do Estado, Luís Guilherme Santos, problemas de comunicação dificultam a avaliação do número de vítimas que podem estar soterradas.

'Às vezes a pessoa não estava em casa, foi para casa de um amigo ou um parente, mas como ainda há problema de comunicação, a situação é mal analisada', disse ele à Reuters.

O secretário de Governo da cidade de Teresópolis, Rogério Lippe, admite que a tendência é que o número de óbitos na cidade aumente à medida que as equipes entrem nas áreas mais castigadas.

'Com certeza ainda há muita gente soterrada. Junto com a chuva veio muita lama, lixo, vegetação e água. Há locais irreconhecíveis. Se perdeu tudo', afirmou. 'Pela frente temos um trabalho de muito, mas muito longo prazo. Famílias perderam tudo ou foram totalmente dizimadas. Não tem nem como reivindicar um parente sumido porque não sobrou ninguém.'

RESGATE EM FRIBURGO

Em Nova Friburgo, onde morreram ao menos 312 pessoas, a situação ainda é caótica. Há bairros e localidades sem luz, água e telefone desde a semana passada.

Nesta segunda-feira, militares ajudaram no resgate de pelo menos sete corpos na localidade de Prainha, distrito de Campo do Coelho, em Nova Friburgo.

Os homens da Marinha ainda distribuíram medicamentos, água e material de higiene pessoal à população afetada pelas chuvas. Uma grávida de oito meses teve que ser removida e levada ao hospital.

Dois hospitais de campanha --um em Nova Friburgo e outro em Itaipava-- foram instalados pelas Forças Armadas, nos mesmos moldes dos que atuaram nas últimas enchentes no Nordeste e após o terremoto no Haiti, no ano passado.

Segundo o Ministério da Saúde, foram enviadas para a região 100 mil doses da vacina dupla (difteria e tétano) e mais 150 mil doses da vacina dupla para repor o estoque da Secretaria Estadual de Saúde.

A prefeitura de Nova Friburgo criou um 0800 para ajudar pessoas que procuram parentes e amigos que ainda estão desaparecidos.

'Tem gente ligando do Brasil inteiro e de fora do país. Criamos um 0800 para dar informações sobre vítimas e desaparecidos', afirmou o comandante da Defesa Civil em Nova Friburgo, Roberto Robadey, ao frisar que ao menos 60 pessoas já foram enterradas na cidade como indigentes.

'Nós sabemos que tem muita gente soterrada, mas é precipitado falar em números', completou.

Além de Nova Friburgo e Teresópolis, as cidades mais afetadas pelas chuvas que caíram na noite de terça da semana passada, em Petrópolis morreram 58 pessoas e em Sumidouro, 19.

Cerca de 1.500 homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros do Estado --o equivalente a 10 por cento do efetivo total--, 700 homens das Forças Armadas, mais de 200 da Força Nacional de Segurança e diversos voluntários estão trabalhando na região serrana do Rio.

Após a tragédia, o governo federal anunciou nesta segunda-feira a implantação de um sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais, que deverá estar em funcionamento em até quatro anos.

de REUTERS

Por Rodrigo Viga Gaier e Sérgio Queiroz

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