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18 de fev. de 2011

Fundador da ONG paraibana PATAC fala sobre 41 anos de tecnologias apropriadas ao meio rural

Falar sobre os 41 anos de fundação da ONG PATAC, Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas às Comunidades e as tecnologias apropriadas que têm sido implementadas na região semiárida brasileira, foi uma das metas e objetivo do fundador daquela organização, Theodorus Augustinus Döderlein de Win, Irmão Urbano(foto), ao participar do Programa Domingo Rural deste domingo(06/02). “Em 1961 eu montei a carpintaria para fazer todos os móveis e as peças para a construção do Convento e Colégio(Redentorista) e quando a gente fizemos uma casa bem boa para a gente, ao redor nosso nós tínhamos bairro que tinha cassa de taipa á vontade, aí eu pensei: porque é que eles estão numa casa de taipa? E eles disseram que era porque não tinham tijolos, então nós fizemos algumas malhas de madeiras para eles fazerem tijolos de cimentos e essas formas foram copiadas do próprio povo porque o povo fazia e já era uma prática do povo e com isso é que fazíamos os tijolos”, explica Urbano dizendo que naquela época já se iniciou as práticas de fundos rotativos solidários que dava condições para que outras famílias fossem também beneficiadas das práticas socializadas e que a partir daí outras tecnologias já foram sendo implementadas a exemplo de formas de ferro para fabricação de tijolos e máquina apropriada para a fabricação do produto dentre outras quando a partir daí as práticas e tecnologias foram se expandindo para o meio rural.
Ele informou que durante um período a entidade produziu avicultura de corte e postura, suínos e vacas e os produtos passaram a ser vendidos por preços acessíveis ás pessoas de comunidades e bairros próximos ao estabelecimento e com a reciclagem do esterco foram trabalhadas tecnologias com biodigestor dentre outras.
O trabalho que teve início no Patac, no Bairro Bodocongó, em Campina Grande, hoje está sendo trabalhado no Coletivo Regional do Cariri, Seridó e Curimataú dentre outras regiões do semiárido. “Desde aquele tempo a gente já estava com todas essas idéias na cabeça para depois espalhar num âmbito maior porque nós fizemos maravilhas porque foram soluções interessantes, primeiro porque não tinha poluições, uma coisa que se dava sem causar poluições e uma coisa de alta qualidade que é o composto”, relata dizendo que Campina Grande já demonstrava ser o local mais apropriado para desenvolver o processo de difusão e compartilhamento das tecnologias.
Aquela liderança informou que no início o PATAC era uma organização ligada aos irmãos Redentoristas e que em seguida transformou-se em cooperativa com um grupo assessores e técnicos que passaram a pensar, desenvolver e utilizar tecnologias a partir das realidades locais. “Olhe, numa certa idade, a idade de aposentadoria, eu tinha de soltar o PATAC e nós entregamos o Patac a uma equipe que de fato deu conta e garantiu a continuação do nosso trabalho”, explica.
Urbano informou ainda que no começo da organização, diversas entidades internacionais desenvolveram práticas de apoios financeiros e anos depois os técnicos e assessores passaram a desenvolver projetos e buscar apoios e parcerias em instâncias de governos dentre outras e aproveitou para pedir aos camponeses e camponesas beneficiários em programas e tecnologias apropriadas que trabalhem num sistema solidário na busca de práticas de convivência com a realidade semiárida. “Na medida em que nós fomos uma orientação para os camponeses, meu desejo é que os camponeses que foram ajudados, de sua vez, que ajudem aos outros, de maneira que se espalhem essas técnicas para as pessoas que ainda não estão cientes disso e com isso cada vez mais se espalhando técnicas que são para o bem dos camponeses é que a vida no campo vai mudar”.
Hoje o Patac tem sede no Bairro da Prata e ações com diversas organizações de agricultores e agricultoras de diversas microrregiões do semiárido brasileiro especialmente com o Coletivo do Cariri, Seridó e Curimataú com ações desenvolvidas com o Programa de Formação e Mobilização Social Para a Convivência com o Semiárido – Uma Terra e Duas Águas – P1+2, dentre outras ações estruturadoras das propriedades.

Fonte: Stúdio Rural / Programa Domingo Rural

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