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31 de mar. de 2011

A história de Seu Quitério e a comunidade cheia de cisternas

Por persistência e compromisso do agricultor, as 130 famílias do Sítio Sobrado são servidas de cisternas com água potável. Os reservatórios de água para produção já começaram a ser construídas.

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Família de Zé de Quitério. Foto: Mariana Mazza/Arquivo ASACom

A comunidade do Sítio Sobrado, em Jataúba, no Agreste de Pernambuco, sempre sofreu com a falta de água. Há seis anos, uma cacimba era a única fonte que as 130 famílias que vivem no local tinham para beber. “Eu lembro que nos anos de 1998 e 1999, quando houve uma grande seca, a gente via uma fila de latas na frente da cacimba”, lembra o agricultor José Quitério da Silva, conhecido como Zé de Quitério.

No ano de 2006, a família de Zé de Quitério e mais outras 119 da comunidade foram beneficiadas com as cisternas do Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). Os reservatórios captam água da chuva para beber, cozinhar e escovar os dentes. As outras 10 famílias da comunidade foram beneficiadas com um projeto do governo estadual de construção de cisternas. Hoje, não há uma família que não tenha um reservatório junto da sua casa.

A chegada das cisternas trouxe, entre outras coisas, a melhoria para a saúde dos moradores do Sítio Sobrado. “Antes da cisterna, morriam muitas crianças de diarreia e hoje não morrem mais. Então estou convicto que a chegada da cisterna melhorou e muito a qualidade de vida da gente no Sítio Sobrado”, afirma Zé de Quitério. Hoje, a água da cacimba só é utilizada pelas famílias para usos domésticos ou para a plantação.

O agricultor fez questão de acompanhar os processos de construção dos reservatórios em cada uma das casas, ajudando na entrega do material. “Eu tinha medo que se a comunidade não mostrasse interesse, nós nunca mais receberíamos outros projetos”, afirma. A persistência de Zé de Quitério deu certo. Dois anos depois, o Sítio Sobrado recebeu quatro cisternas-calçadão pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), também da ASA. Essa tecnologia é usada para captar água da chuva para a produção de alimentos e para dar de beber aos animais.

A família do agricultor e mais outras três da comunidade puderam ampliar a plantação que antes era apenas de milho, feijão e sorgo e cultivada unicamente no período de inverno. Agora cultivam uma diversidade de frutas e hortaliças que são consumidas por toda família e cujo excedente é vendido na própria comunidade.

A propriedade de Zé de Quitério e da esposa Maria Luiza da Silva será uma das 12 experiências que serão visitadas pelos participantes do II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido, que será realizado entre os dias 27 e 29 de abril, em Pesqueira/PE. Cerca de 200 agricultores e agricultoras de todos os estados do Semiárido estão sendo esperados para o evento.

A comissão de organização do Encontro visitou seis das 12 experiências na semana passada com o intuito de sistematizá-las em boletins impressos. A ideia é que as famílias possam entregar um exemplar do seu boletim a cada um dos visitantes. As outras seis experiências devem ser sistematizadas nas próximas semanas.

Conheça outras experiências que serão visitadas durante o II Encontro de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido.

A mudança que começou com uma cisterna
Do sabor amargo do sofrimento ao resgate da autoestima

 

Mariana Mazza - ASACom

Recife - PE

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