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18 de mar. de 2011

Projeto Aguadas capacita comunidades na construição de equipamentos

Aproveitar a água da chuva para melhorar a qualidade de vida de 1.500 famílias do Semiárido. Esta é a razão de ser do Projeto Aguadas, coordenado e fiscalizado pelo Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) que está em campo capacitando comunidades para construir equipamentos que armazenam água para consumo animal e para o cultivo agrícola. Segundo Roque Aparecido, coordenador do Aguadas e responsável por projetos no Ingá, foram implantadas, em dez meses, 803 tecnologias – barreiros trincheiras, novas aguadas, bombas d´água popular e cisternas de enxurrada. A meta desta primeira fase é implantar 1.276 tecnologias até março de 2011, com a construção de mais 4 mil novos equipamentos, beneficiando mais 5 mil famílias.

“Essas tecnologias simples e de baixo custo só tem sido implantadas devido à contribuição da população que passou por Cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos, Convivência com o Semiárido e Meio Ambiente. As pessoas aprenderam não só captar água para armazenamento, mas também fazer o tratamento do solo e o cultivo de hortaliças, fruteiras, etc.”, informa. Roque ressalta que a preparação dos moradores iniciou-se com uma seleção de 282 comunidades de 69 municípios, que foram divididas segundo critérios de necessidade de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). “Após essa etapa eles passaram por uma mobilização até a realização dos cursos de 16 horas de aula para grupos de até 30 pessoas. No total foram 247 cursos repassados para cerca de oito mil agricultores familiares que foram capacitados até o final de 2010” disse.

As características do solo de determinadas comunidades não permitiram a implantação das tecnologias originalmente previstas, o que provocou a mudança de tecnologias implantadas ou mesmo a mudança da comunidade beneficiada. Roque explica que vários serviços foram contratados por preços menores que os previstos, o que possibilitou aumentar as tecnologias construídas, que passou de 1.105 para 1.276, levando a uma redefinição das metas originais dos convênios. “Essa economia só foi possível devido à seriedade das organizações sociais conveniadas, que têm como razão de sua existência a melhoria da qualidade de vida dos povos do semiárido garantindo-lhes água para consumo humano e produção”, pontua o coordenador. Outra vantagem do Projeto Aguadas é a sua eficiência no combate à desertificação, causando impactos positivos no meio ambiente porque, como o solo estará úmido o ano inteiro, com plantas vivas e verdes, aparecem as chamadas “manchas verdes” no semiárido e pouco a pouco a vegetação nativa é reconstituída. Segundo a assessora técnica, Júlia Trancoso, “é visível a mudança do solo e das famílias. Quanto mais a região perde o estado de secura do árido sertão, mais esperança surge nas pessoas que vivem nessas localidades”, relata.

ÁGUA e VIDA no Aguadas

Para entender melhor como o projeto funciona, cabe explicar primeiramente que os mecanismos de implantação são simples e têm o custo considerado baixo – cerca de R$ 8 milhões. Isto significa um investimento de aproximadamente R$ 6 mil por família, possibilitando a transformação de sua qualidade de vida. Significa também que, ao invés de andar vários quilômetros diariamente em busca de água para a dessedentação de seus animais, as pessoas vão ter acesso a água em suas propriedades, tendo mais tempo para desenvolver outras atividades e se dedicar à família. A implantação do projeto é simples, principalmente porque a água da chuva é o recurso básico utilizado nesse empreendimento. Se captada e armazenada corretamente, os cerca de 500 a 700 milímetros de água que a chuva fornece por ano ao semiárido são suficientes para o desenvolvimento da pequena pecuária, matando a sede dos animais, possibilitando a lavoura de sequeiro, favorecendo o cultivo de hortaliças e frutas.

Parceria com a ASA

Em dezembro de 2009, o Ingá, que coordena e fiscaliza o Projeto Aguadas, assinou convênio com nove entidades vinculadas à Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) para a implantação das tecnologias em pequenas propriedades distribuídas em 69 municípios de 16 Territórios de Identidade no Estado. O convênio vale também para a capacitação de cerca de quase oito mil famílias em ‘Gerenciamento de Recursos Hídricos Familiares, Convivência com o Semiárido e Meio Ambiente’.

As nove organizações ligadas à ASA foram selecionadas em chamada pública e possuem experiência de, pelo menos, dez anos com tecnologias de convivência com o Semiárido brasileiro. São elas: Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa), Associação Regional de Convivência Apropriada à Seca (Arcas), Associação Divina Providência de Amparo Social e Cristão, Movimento de Organização Comunitária (MOC), Centro de Agroecologia no Semiárido (Casa), Cooperativa de Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (Cofaspi), Cáritas Diocesana de Ruy Barbosa, Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (Cedasb), e Centro de Assessoria do Assuruá (CAA).

Fonte: Ingá (BA)

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