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28 de abr. de 2011

"Os programas da ASA não são apenas de construção de cisternas, são a construção da cidadania"

dsc_0566fotodanielfeij

Um público atento e animado de agricultoras e agricultores experimentadores participou na tarde de hoje (27) da mesa-redonda que debateu o tema As inovações da agricultura familiar na construção da política de convivência com o Semiárido, durante o II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadoras do Semiárido, que está acontecendo em Pesqueira, Pernambuco.

Para contribuir com a discussão a mesa foi composta por representações de agricultores, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Conselho Nacional Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e da Articulação do Semi-Árido Brasileiro (ASA).

Dona Maria José Dias, agricultora da comunidade de Malhada Branca, em Buíque-PE, fez uma reflexão de como, a partir da chegada dos programas da ASA, as pessoas se sentiram mais estimuladas enquanto cidadãs. “Os programas da ASA não são apenas de construção de cisternas, são de construção da cidadania. Muitas vezes o dinheiro dos impostos não chega até a população, com esse trabalho da ASA temos um resgate da dignidade com os projetos. A partir dos cursos de Gerenciamento de Recursos Hídricos, dos intercâmbios, as pessoas se despertaram para estudar. Hoje na comunidade tem muita gente com Ensino Médio completo e estudando em universidade’’, afirma Maria José, feliz com as transformações.

Também trazendo elementos importantes para construção da política de convivência com o Semiárido, Irio Luiz Conti, do Consea, chama atenção para o aproveitamento de espaços importantes de elaboração dessas políticas, como as conferências de segurança alimentar e nutricional, que acontecem este ano. “Essas conferências (municipais, estaduais e a nacional) estão trazendo um diferencial, pois queremos tratar as políticas de segurança alimentar como políticas de Estado. Propor que o município tenha seu próprio plano e lei para comercializar os produtos de forma correta e sustentável. Estamos no caminho certo, mas temos um desafio que é avançar em políticas que ainda são pontuais para políticas que sejam universais e beneficiem a todos’’, ressaltou Conti.

O encontro, segundo Naidison Baptista, coordenador executivo da ASA, é um ato político e também comemorativo. “É um ato político de fundamental importância e também uma comemoração, pois celebra uma caminhada significativa que todos nós estamos fazendo, em especial os agricultores e agricultoras aqui presentes, que cada vez mais ensinam e aprendem a conviver com o semiárido, respeitando o meio ambiente, transformando-o em um lugar viável para se viver, mudando a sua cara. As 400 mil cisternas já construídas significou mais de dois milhões de pessoas que deixaram de beber água com lama, tendo acesso a água limpa e de qualidade”, afirma Naidison Baptista.

Ele também ressaltou que além das tecnologias de captação de água, como as cisternas, barreiros, tanques, outros elementos de transformação social estão presentes e são próprios das comunidades.

“Os bancos de sementes, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), as cooperativas, o processo de organização das mulheres e os sindicatos também são elementos sociais de mudança nas comunidades, construídos no dia a dia, e a metodologia da ASA trabalha nessa perspectiva de aprender com essas famílias, fazendo coisas simples, mas que tenham um grande potencial de mudança”, conclui Baptista.

 

Daiane Almeida

ASA Brasil

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