Movimentos sociais, segmento de trabalhadores, mulheres e estudantes são parte do público do seminário As Riquezas Brasileiras do Pré-Sal, realizado nesta segunda (16) e terça-feira (17), em Salvador.
A boa aplicação dos recursos financeiros originados da exploração do pré-sal tem sido fortemente defendida em seminário iniciado nesta segunda-feira (16), em Salvador. No evento, realizado pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) com apoio da Petrobras, entidades da sociedade civil organizada debatem, principalmente a gestão do Novo Fundo Social (NFS), para onde será direcionada a renda do petróleo extraído na faixa litorânea entre os estados de Santa Catarina e Espírito Santo.
Estas áreas de exploração descobertas pela Petrobras colocam o Brasil numa situação ainda mais promissora na área petrolífera, com possibilidade real de fortalecimento da economia. “Precisamos ficar atentos para que os recursos do petróleo sejam usados para o bem da população e preservação do meio ambiente”, defendeu João Antônio de Moraes, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade que reúne mais de 60 mil petroleiros de todo o país. Segundo Moraes, a proposta da categoria é que 15% do fundo social seja destinado aos investimentos em fontes renováveis de energia e outras questões ambientais.
“A utilização deste recurso pode pagar uma dívida social histórica na área de educação, por exemplo”, comentou Henrique Jager, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O deputado estadual Marcelino Galo, reforçou o debate. “Somos um país rico com o povo pobre. Precisamos assumir o controle do pré-sal para que esses recursos se transformem em oportunidades para a juventude e em políticas públicas que compensem as desigualdades”, disse.
Participação popular – A presença ativa de moradores de diversos bairros de Salvador, estudantes, educadores e lideranças comunitárias tem marcado o evento. Marlon César de Oliveira, estudante do curso de Geologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ressaltou que com o pré-sal, ganhamos novas perspectivas para qualificação da mão-de-obra brasileira. “Assim, vamos gerar mais emprego e renda”, opinou.
Presidente do Movimento de Articulação e Inclusão Social (MAIS), Cláudia Oliveira mobilizou 90 pessoas para a discussão, entre moradoras do Bairro da Paz, Mussurunga, São Cristóvão e Simões Filho. “É fundamental discutir com a população, que deve ser a principal beneficiada com o pré-sal”, destacou.
CAA Bahia
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