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27 de jun. de 2011

A história do milho e os seus diversos significados

O dia de São João, comemorado em 24 de junho, é tempo de dançar forró, ver quadrilhas, soltar fogos e acender fogueira. Uma verdadeira festa. Outro símbolo marcante desse período é o milho, que carrega um conjunto de significados seja no campo social, cultural, religioso e até econômico.
Originário da América Central, o milho é usado principalmente para a alimentação humana e animal. É também fonte de renda para muitas famílias. De acordo com o Censo Agropecuário 2006, do IBGE, 46% do milho que chega à mesa dos brasileiros é proveniente da agricultura familiar. Neste período do ano, a procura pelo cereal cresce nos mercados e feiras locais. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra do milho no Nordeste cresceu 33% este ano.
Além dos aspectos alimentar e econômico, em muitas civilizações, o milho é um alimento sagrado e objeto de devoção.
Na cultura dos Maias existia um deus do milho, que representava a prosperidade e a abundância. Ele possuía feições humanas juvenis e amáveis. Tinha os cabelos longos em referência aos cabelos da espiga de milho. Seu nome era Yuin Kax, "o senhor dos bosques".
Assim como as civilizações antigas, há diversas crenças e mitos em torno do milho nas comunidades rurais do Nordeste brasileiro, onde o cultivo do milho é muito forte. Uma delas está relacionada à diversidade de pratos a base do cereal durante os festejos juninos.
Segundo o professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Amaro Braga, as famílias organizam uma mesa farta porque acreditam que assim terão uma boa colheita no ano seguinte. Além disso, a abundância de alimentos está relacionada ao período da colheita do milho. (Ouça abaixo a entrevista completa com o professor).
Além de fazer parte da cultura alimentar das famílias agricultoras, o milho é um produto de grande valor nutricional. Cerca de 70% do grão é formado por amido, que após digerido se transforma em glicose. Também é composto por vitaminas do Complexo B e E, além de sais minerais como fósforo, iodo, ferro, zinco, potássio, selênio e cálcio. É rico em fibras, que ajudam a regular o intestino. O óleo de milho, cuja gordura é polinsaturada, é uma das principais fontes de ômega-6, que contribui para a prevenção de distúrbios cardíacos.
No entanto, o sistema de produção usado para cultivar o milho interfere no teor de seus nutrientes. Por isso, é importante ficar atento na hora de comprar o produto. Uma dica é procurar as feiras agroecológicas que vendem milho produzido sem agrotóxicos e em bases sustentáveis.
De acordo com integrante da Rede Sementes da ASA Paraíba e coordenador do Programa de Agrobiodiversidade da AS-PTA, Emanoel Dias, existem diversas variedades de sementes de milho crioulas no Semiárido que variam conforme a região, o gosto, o formato e também o próprio paladar. O milho amarelo, por exemplo, é o preferido por muita gente porque é mais doce.
“Hoje, aqui na Paraíba, temos pelo menos 18 variedades de milhos crioulos como o milho branco, o vermelho, o índio, que são espécies que os agricultores veem anualmente conhecendo, tratando, cuidando”, afirma Emanoel, reforçando que essa prática é antiga na região e tem origem na cultura indígena.

Gleiceani Nogueira - Asacom

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