O ex-deputado estadual da Paraíba e ex-pastor da Igreja Universal Fausto
Henrique Almeida de Oliveira, 42 anos, preso acusado de sequestrar e vender um
bebê teresinense, chegou a Teresina por volta das 18h desta sexta-feira (4). Em
depoimento, o acusado nega ter sequestrado a criança e diz que ajudou a mãe do
bebê porque é uma “alma caridosa”.
Fausto de Oliveira veio de Fortaleza acompanhado da delegada Andrea
Magalhães, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA.
Ele foi ouvido ainda em Fortaleza, na Divisão de Inteligência do Ceará e afirmou
que a foragida identificada apenas como Michele está com a criança.
O acusado disse à polícia que ofereceu a cesta básica e a quantia de R$
70,00 para a mãe do bebê, Mires da Silva Lima, 23 anos, porque queria ajudá-la.
"Ele disse que tem uma alma caridosa, que deu a cesta e a quantia em dinheiro
por caridade, porque se sensibilizou com a situação de penúria da mãe", contou a
delegada.
O ex-deputado negou participação no sequestro e na venda do bebê de um mês.
"Ele alegou que foi procurado por Michele e ela disse que queria um bebê. Ele
disse que a ajudou a encontrar, sem saber para que seria", contou a delegada da
DPCA.
Fausto de Oliveira foi preso em Fortaleza na manhã de hoje. Ele estava na
casa de um conhecido, localizada no bairro Vila União, deitado em uma rede. Ao
perceber a presença da polícia, o acusado teria tentado se esconder, se cobrindo
com um lençol.
Segundo a delegada Andrea Magalhães, o acusado já morou no Mato Grosso, em
Brasília, em Recife, na Paraíba, em Natal, em Fortaleza, São Paulo e Rio de
Janeiro. Ele teria sido localizado através das características informadas por
uma das três mulheres que foram presas na operação.
A delegada afirmou que o bebê continua desaparecido e disse que foi
realizada uma busca nos hospitais de Fortaleza. "A mãe disse que a criança
estava doente, que estava com infecção intestinal e uma provável hérnia
umbilical. Olhamos mais de 200 prontuários, mas não a encontramos".
A mãe do bebê prestou três depoimentos contraditórios à polícia. Em um
deles, ela admitiu que deu a criança por apenas "um tempo", para que ela pudesse
se reestruturar financeiramente, mas que depois receberia a filha de volta. Em
outro depoimento, ela teria dito que deu a criança para que ela tivesse auxílio
médico.
Investigações
A delegada confirmou que está investigando a denúncia de que a suposta
intermediária, Michele, estava negociando a troca do bebê por um apartamento em
Recife e a quantia de R$ 4 mil.
Em depoimento, o ex-deputado confirmou que Michele era sua "paquera", mas
em seguida disse que ela era apenas uma conhecida. Teria afirmado ainda que ela
é casada com um oficial das Forças Armadas e que jamais a encontrou
publicamente.
Para ajudar nas investigações, a delegada divulgou a foto do bebê e de
Michele. "Ela tem boa aparência, altura de 1,80m e pode ter mudado o cabelo.
Quem souber de qualquer informação, procure a polícia", pediu.
Política PB
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