A Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG vem manifestar o seu apoio à
Articulação do Semiárido – ASA que vem prestando um serviço importantíssimo
para a população situada neste espaço geográfico designado Semiárido
Brasileiro. O pensamento dominante no Brasil é de que o grande problema da
região semiárida é o fenômeno das secas. De fato, a irregularidade climática é
uma circunstância a ser enfrentada. Que, segundo dados, é o semiárido mais
povoado do mundo e fica situado quase totalmente no Nordeste.
A história nos mostra a importância da ASA como um divisor de águas, desde a autonomia da população, no planejar das ações de acordo com a realidade e suas demandas com a “água para beber e água para comer”. Ações estas executadas em 1.076 municípios, atendendo mais de 2 milhões de pessoas desta região. A ASA foca sempre o princípio da articulação entre várias entidades que vem desenvolvendo um trabalho que dá dignidade, cidadania e eleva a auto-estima de um povo que, historicamente, ficou à margem de qualquer acesso às políticas públicas.
A ASA vem
conseguindo realizar um trabalho voltado a uma metodologia participativa,
educativa e formativa com ações transparentes no uso dos recursos públicos. Não
podemos abrir mão destas conquistas onde o programa P1MC, P1+2 e o próprio
PRONAF fazem parte das tantas bandeiras de luta de uma sociedade civil
organizada.
Além disso, vem
demonstrando por meio dos trabalhos realizados um contraponto fundamental no
combate à corrupção e obtendo um reconhecimento notório pelos mais diversos
órgãos de controle e entidades internacionais, como foi o caso da ONU –
Organização das Nações Unidas.
O movimento
sindical faz parte da ASA e, conseqüentemente, deste processo por intermédio
das Federações e Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais filiados à
CONTAG. Ao tomar conhecimento da iniciativa do MDS, da pretensão de não mais
renovar os termos de parceria com a ASA, considerando que o Plano Brasil Sem
Miséria vai ser implementado via poder público municipal (prefeituras) e poder
público estadual (governos estaduais), inclusive com caixas de PVC, a CONTAG
entende que esta prática interfere totalmente na que vem sendo construída no
semiárido.
Esta medida
desconsidera a história, representa um grande retrocesso. Não podemos acatar
uma medida conservadora, impensada, que vem resgatar várias mazelas que
acometeram a população desta região: como a “indústria da seca”; e a prática
coronelista, onde o voto é a moeda de troca entre quem tem e quem precisa.
ASACOM
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