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23 de dez. de 2011

"Petrolina foi apenas o aquecimento", diz coordenadora da ASA

Coordenadora avaliou a manifestação como
muito positiva | Foto: Ivan Cruz/Asacom
Na última terça-feira (20), a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA) conseguiu levar às ruas de Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) 15 mil pessoas para um ato público, cujo objetivo era reafirmar a importância da sociedade civil na construção de políticas de convivência com o Semiárido. A manifestação, que foi apenas um “aquecimento”, como destaca a coordenadora da ASA, Neilda Pereira, chamou atenção da sociedade, da imprensa e da própria rede pela força da mobilização.

Por telefone, a jornalista Gleiceani Nogueira, da Assessoria de Comunicação da ASA (Asacom), conversou com Neilda Pereira sobre o resultado da manifestação. Ela também falou do apoio de outros movimentos e grupos que marcaram presença no evento e das outras ações que foram traçadas pela Articulação para garantir a continuidade dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Confira a entrevista!


Asacom - Um dos objetivos do ato público realizado na última terça-feira (20) era reafirmar a importância da sociedade civil na construção de políticas públicas de convivência com o Semiárido. Você avalia que essa proposta foi cumprida? 

Neilda Pereira -
Pra mim foi um momento onde reafirmamos e mostramos que a nossa capacidade de mobilização vai muito além do que a gente imagina, no sentido de que a manifestação em Petrolina não só reafirmou como mostrou claramente que a ASA é forte porque é formada por agricultores e agricultoras, organizações locais e, principalmente, por pessoas que acreditam na força do Semiárido. Além disso,  representou um momento de união e de construção coletiva. As pessoas estavam alí sabendo da importância daquele momento e lutando para que essa ação aconteça no Semiárido. Então o meu sentimento é de que conseguimos reafirmar [a importância da nossa ação] e, sobretudo, dizer à sociedade que acreditamos num outro Semiárido, que estamos construindo um semiárido digno, justo e sustentável com as famílias agricultoras dessa região.

Asacom– De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) a caminhada contou com a presença de 15 mil pessoas, um número mais do que o esperado. A que você atribui esse poder de mobilização em apenas uma semana?

Neilda Pereira -
Eu atribuo a vontade das pessoas de querer continuar com essa caminhada de construção de um semiárido digno, justo e solidário Eu também atribuo a perseverança dos agricultores e agricultoras, dos que já foram contemplados com as ações da ASA e dos que esperam ser beneficiados, das comissões municipais, das organizações e das ASAs Estaduais. Esse movimento fez com que a gente tivesse em Petrolina e com um número além do que estávamos esperando. A nossa estimativa era de 10 mil pessoas e chegamos a 15 mil participando e colocando a importância da continuidade das ações da ASA.

Asacom- Entre os participantes do ato havia representantes de movimentos sociais, grupos feministas, políticos e também a igreja católica. Como esses grupos têm apoiado a ASA nesse atual contexto que a rede vive?

Neilda Pereira -
Esses grupos têm participado nos estados das dinâmicas da ASA e nesse momento, onde reafirmamos a importância da continuidade [dos programas da rede], esse grupo não só esteve presente em Petrolina, mas também enviaram cartas e e-mails falando da importância da nossa ação. Então, essa é uma participação que tem acontecido nesse momento, mas que na verdade é fruto já de uma discussão que acontece nos estados, a partir de um conjunto de experiências que existem na região.

Asacom – O ato público faz parte de uma série de ações que estão sendo desenvolvidas para que as organizações da sociedade civil possam continuar executando as políticas de convivência com o Semiárido, através dos programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2). Que outras ações são essa?

Neilda Pereira –
Existe uma articulação com parlamentares nos estados que conhecem a ação da ASA, inclusive, que têm se pronunciado no sentido de que essa ação vem contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas no Semiárido. Há ainda uma articulação com os movimentos sociais, que tem suas trajetórias, suas lutas, mas que também apoiam a ASA por atuarem nessa região e por acreditar na importância das ações. Existe também o movimento nos conselhos, como os de segurança alimentar e desenvolvimento sustentável, no sentido que nós discutimos politicas públicas e estamos também nesses espaços contribuindo também para a consolidação de políticas públicas. Outro movimento fundamental que temos feito é a mobilização nas comunidades. Os agricultores e as agricultoras compreendem que momento é esse e reafirmam a importância de que, se for necessário fazer outros atos, outras manifestações, que venha mostrar a importância do que a gente vem construindo no Semiárido, eles estarão conosco. Então, na verdade, isso não encerrou em Petrolina. Esse ato aqueceu a gente para dar continuidade a essa articulação, seja com parlamentares, com movimentos, conselhos e com as próprias comunidades para que em todos os espaços a gente reafirme e lute para que o governo federal dialogue com a gente numa perspectiva de continuidade. 

Asacom

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