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7 de jun. de 2012

Agricultores questionam política de sementes em seminário na Paraíba

Mais de cem pessoas estiveram presentes na abertura do seminário Pesquisa e Política de Sementes, ocorrido na última quarta-feira (30), no município Lagoa Seca, na Paraíba. O evento foi realizado pela ASA Paraíba para divulgar os resultados quantitativos e qualitativos do estudo sobre as sementes nativas, organizado pela Articulação e Embrapa Tabuleiros Costeiros, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O encontro pretende também promover o debate sobre a valorização da agrobiodiversidade como política de convivência com o Semiárido.

O seminário foi iniciado com uma apresentação representante da AS-PTA e da ASA-PB, Luciano Marçal, sobre o processo de fomentação de políticas públicas pautadas pela luta da agricultura familiar. Para ele, os momentos de crise provocados pelas várias secas provocaram ações de mobilizações e manifestações sociais pelas quais os agricultores encontram oportunidades para a conquista de liberdade e autonomia, através da mudança no seu modo de produção que passou da forma tradicional para o agroecológico. No encerramento da sua fala, Luciano ressaltou a necessidade de construir uma política de sementes como base para a construção de um novo modelo de desenvolvimento.

Durante o debate que foi iniciado após a fala de Luciano, alguns agricultores e agricultoras se manifestaram de forma emocionante repudiando a forma como vem sendo construída a política de sementes dos governos estaduais e federal. Maria Roselice, representante do Polo Sindical da Borborema, com a voz trêmula disse sentir-se indignada com tal situação: “Me sinto revoltada com essa distribuição de sementes do governo, que se limita a distribuir apenas duas variedades, desconsiderando toda uma biodiversidade, todo conhecimento e riqueza que existe no estado. É da gente sentir raiva! A vontade que dá quando a gente vê essa situação é de tocar fogo naqueles sacos de sementes!”.

Outro depoimento repleto de emoção foi o feito pelo Seu Joaquim Santana, agricultor do Polo da Borborema: “A Semente da Paixão é da Paixão porque é boa! É de qualidade e atende as nossas necessidades, por isso nos apaixonamos, pois ninguém se apaixona pelo que não presta! A gente sabe que o problema não são as sementes, mas as políticas que estão aí, que não atendem as necessidades dos agricultores. Temos que dizer “não” aos programas que só mudam os nomes, mas permanecem os mesmos”.

No encontro houve uma participação intensa de agricultores, que faziam denúncias e questionavam os direcionamentos dados às ações e políticas relacionadas ao patrimônio genético e biodiversidade da agricultura familiar. Representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agrário e Pecuária (Sedap), Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Emater, Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e INCRA estão sendo convidados a discutir sobre os métodos e propostas adotadas pelo governo.

ASA BRASIL

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