Escutas telefônicas comprovaram envolvimento de prefeitos e mostraram como funcionava esquema.
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Foto reprodução: Fantastico. |
O Fantástico mostrou no domingo (29) como atuavam os prefeitos
envolvidos nas fraudes em eventos para desviar verbas públicas na
Paraíba que foram detidos em uma operação no fim do mês de junho.
Escutas telefônicas provaram a participação dos políticos no esquema que
desviou cerca de R$ 65 milhões durante quatro anos, segundo a Polícia
Federal.
Durante a operação do Ministério Público da Paraíba, a Controladoria
Geral da União e a Polícia Federal, os prefeitos de Sapé, Solânea e
Alhandra foram presos. Passada as primeiras investigações, eles foram
libertados, afastados dos cargos públicos e reassumiram novamente as
prefeituras. Porém, o Fantástico mostrou as provas colhidas durante as
investigações que provam o superfaturamento de festas como Carnaval e
São João.
De acordo com o MP, os prefeitos eram responsáveis por fraudar os
contratos para que empresas de amigos conseguissem realizar os serviços.
Algumas empresas de fachada foram desvendadas. Elas funcionavam em
endereços falsos que eram na verdade residências de famílias muito
pobres. Uma dessas empresas funcionava em um casebre alugado, mas
recebeu R$ 14,5 milhões.
A PF acredita que, além das 30 cidades paraibanas, a quadrilha
funcionava em mais três estados do Nordeste. Ao todo, 27 pessoas foram
presas na operação denpminada Pão e Circo, mas todas receberam o direito
de responder em liberdade.
Na prática as empresas só existiam no papel. O endereço de todas era
falso. Segundo o Ministério Público, prefeitos e empresários se uniam
para combinar o valor do desvio. "Quanto é a banda? A banda é R$ 30 mil,
então vamos cobrar R$ 150 mil", explicou o procurador-geral de Justiça
da Paraíba, Oswaldo Trigueiro.
As escutas mostraram que em Solânea era o filho do prefeito quem
negociava com as empresas qual seria o valor desviado. Em Alhandra, foi o
patrimônio do prefeito que chamou a atenção da polícia. Ele declarou R$
189 mil, mas tem uma casa de alto padrão em João Pessoa que custa R$
1,5 milhão. Segundo a PF, ele também teria dado um cartão de crédito da
prefeitura a uma amiga sem limite de gastos. Carros de luxo foram
apreendidos.
Em Sapé, a polícia diz ter provas de que o pagamento das produtoras
ficavam com o prefeito, pois os cheques foram localizados na casa
dele. Em outra ligação, a esposa do prefeito negocia a venda de
camarotes da festa e a PF informou que o pagamento desses camarotes
ficavam com ela. O prefeito João Clemente Neto (DEM) disse que o cheque
era para fazer o despacho normalmente, que ele iria repassar ao
empresário e negou que a esposa ficasse com o dinheiro da venda dos
camarotes. O MP acredita que pelo menos 40 tenham sido comercializados e
alguns custavam até R$ 2 mil.
Os outros dois prefeitos falaram através de advogados, que negaram as
denúncias. Os bens de todos os prefeitos envolvidos foram bloqueados
pela Justiça. O Ministério Público Estadual pediu o afastamento dos três
prefeitos, o que ainda não foi julgado. Até o fim do processo, eles não
receberão repasses do governo federal. O Ministério Público, que
financiou parte das festas das cidades informou que novos recursos estão
suspensos. Além disso, os prefeitos podem ser obrigados a devolver o
dinheiro que, segundo a investigação, foi desviado.
Veja também a reportágem do Fantástico http://tinyurl.com/cayxuvt
JP Online
CARA UMA VERGONHA MESMO PARA A PARAÍBA E PARA ESSAS CIDADES, E PODE IR ATRÁS QUE TEM MUITO MAIS.
ResponderExcluirQUE O MINISTÉRIO PÚBLICO E OUTROS ORGÃOS FISCALIZADORES CONTINUEM ASSIM!