O Colorado se tornou o primeiro estado americano a aprovar o uso
recreativo da maconha nesta terça-feira, com a aprovação de uma emenda à
Constituição estadual, com 53% votos a favor e 47% contra. Nos outros
dois estados onde a proposta é discutida - Washington, Oregon - a
apuração ainda não começou. O estado de Massachusetts também aprovou o
uso medicinal da maconha, segundo resultados parciais.
Paralelamente
às eleições presidenciais e legislativas, iniciativas sobre a maconha
estão sendo votadas em alguns estados. Oregon e Washington estão
decidindo também sobre a permissão do uso indiscriminado por maiores de
21 anos. No Arkansas, os eleitores escolhem se a droga deve ser usada
apenas em casos medicinais, e em Montana, se uma lei já existente deve
ser mais restritiva.
Pesquisas mostram que as medidas de
legalização estão na frente no estado de Washington, onde registros de
financiamento de campanha apontam que seus patrocinadores levantaram 6
milhões de dólares, e no Colorado, onde partidários levantam quase 2
milhões de dólares. Mas a legalização perdia no Oregon, onde uma
campanha nas bases estava lutando para convencer os eleitores.
O
diretor-executivo da Drug Policy Alliance, Ethan Nadelmann, cujos grupos
afiliados têm financiado iniciativas de legalização atuais e do
passado, disse que estava mais otimista sobre as perspectivas de
legalização agora do que antes de um referendo de legalização na
Califórnia, que os eleitores rejeitaram em 2010.
De acordo com o
Conselho Nacional de Legislação, 17 estados e o Distrito de Colúmbia já
tem leis que aprovam o uso da maconha para fins medicinais.
Os
defensores da lei - em geral, liberais e adultos com menos de 29 anos -
afirmam que a aprovação pode criar uma nova forma de receita fiscal. Mas
os oponentes dizem que a legalização pode levar a um abuso do uso da
maconha e criar novos problemas.
A discussão ganhou força nos
últimos anos, e a legalização é apoiada por 50% dos americanos, segundo
pesquisa do Instituto Gallup em outuro de 2011. Há dez anos, a aceitação
era de 34%.
Redação com
ClickPB | O Globo
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