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De 08h30 ao meio dia, os 10 profissionais da SES, em parceria com os alunos das faculdades Facene\Famene, Ciências Médicas e pelo Serviço Nefrológico Fiuza Chaves (Nefrusa) - clínica especializada de Nefrologia, realizaram testes de glicemia, verificação de pressão arterial, avaliação antropométrica, (método de investigação em nutrição baseado na medição das variações físicas e na composição corporal global que permite a classificação de indivíduos e grupos segundo o seu estado nutricional) orientação nutricional. O público também recebeu orientação sobre tabagismo e teste fagerstron ( que avalia o grau de dependência à nicotina), apoio psicológico ao fumante, orientação e informação da Doença Renal e Hemodiálise.
De acordo com a chefe Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da SES, Gerlane Carvalho, os serviços mais procurados foram os testes de glicemia e a verificação de pressão arterial. “A maior parte da população, especialmente os homens, não costuma procurar as unidades de saúde para realizar estes exames que são imprescindíveis para o diagnóstico precoce não só do próprio diabetes, como da hipertensão, um fator de alto risco para a síndrome caracterizada pelo excesso de glicose no sangue”.
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O médico Fábio Medeiros, que também estava na ação realizada pela SES, explicou que as dificuldades para o diagnóstico precoce começam no fato do diabetes ser uma doença silenciosa. “Cerca de 40% dos diabéticos não sabem que têm a doença. Isso porque muitas vezes não são percebidos e até desvalorizados. O problema é que a doença é silenciosa até o momento que ela grita. Já com problemas graves atrelados como insuficiência renal, AVC, infarto e cegueira”, explica.
Fábio recomenda que o cidadão faça ‘check up’ anual e procure evitar circunstâncias e fatores de riscos, como o tabagismo e a obesidade, especialmente se tiver casos de diabetes na família. “Precisamos ficar alertas também para um problema que tem crescido: a obesidade infantil. O excesso de peso contribui com a incidência cada vez maior de adolescentes e jovens hipertensos e diabéticos. Por isso, precisamos cuidar da alimentação de nossas crianças e incentivá-las à prática de esportes”.
Quanto à orientação nutricional oferecida na ação desta manhã, Gerlane Carvalho fez questão de enfatizar a informação de que, ao contrário do que todos pensam, os diabéticos não devem só se preocupar com o excesso de açúcar. “Não é só o doce que deve ser evitado. As pessoas precisam lembrar que as massas possuem amido, e que na sua digestão, a substância é transformada em açúcar”.
O cuidado, no entanto, não é seguido por diabéticos como o aposentado Ivanildo da Cruz, de 64 anos. Após o teste de glicemia ter acusado um índice de 539, quando o normal não ultrapassa 110, o aposentado confessou seus deslizes na dieta. “Há dois anos descobri que tenho diabetes e tomo insulina duas vezes ao dia. Mas eu confesso que não vivo sem pão, o que faz minhas taxas ficarem sempre muito altas”. Ivanildo foi um dos que foram encaminhados para a orientação nutricional, após ter passado pelo teste de glicemia.
Dados - De acordo com estimativas do Ministério da Saúde, baseado no Pacto pela Saúde, a Paraíba tem 199.626 diabéticos e João Pessoa 38.346 pessoas com a doença.
Sobre a doença - O diabetes é causado pela redução ou falta de insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas. A Diabetes Mellitus está entre as 5 doenças que mais matam, chegando cada vez mais ao topo da lista.
O diagnóstico precoce, seguido do controle do nível de açúcar no sangue, contribui para a prevenção desses males. Hereditariedade, obesidade, infecções graves, gravidez, cirurgias, estresse, envelhecimento e sedentarismo são alguns dos fatores que concorrem para o aparecimento do diabetes. A enfermidade apresenta alguns sintomas: sede exagerada, perda de peso, muita fome, desânimo, fadiga, tremores, visão embaraçada e cicatrização difícil, entre outros.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 30 anos, cerca de 380 milhões de pessoas terão diabetes no mundo. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas são portadoras da doença e 500 novos casos surgem a cada dia.
Com Secom PB
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