Publicada a
Portaria Nº PMT/GP Nº 155/2012 de 07.11.2012, que designa a Comissão de
Transição de Governo, deparei-me com simpáticos membros que preparam a
transmissão do Cargo de Prefeito do Município de Teixeira-PB. Por
enquanto, muito bem-humorados: uma prova da autoestima para em breve
assumir o comando da Prefeitura.
Percebe-se o
anseio dos representantes do prefeito eleito de coletar informações,
tomar ciência da realidade, estudar estratégias de como tocar a máquina
com Fundo de Participação do Município – FPM, saber do sufoco financeiro
e se certificar de que não existe um município abarrotado de dinheiro.
No serviço público não existe dinheiro de procedência obscura e
suspeita, tudo passa pelo Portal da Transparência, os repasses são do
Tesouro Nacional e creditado em contas bancárias no agente financeiro, o
Banco do Brasil S.A., além da receita do ICMS.
Certamente, os
futuros auxiliares do novo Governo devem rastrear e vasculhar os atos e
fatos do prefeito que sai. O seu patrimônio se exauriu com a política. É
público e notório que sai da prefeitura sem ter um pau pra dar num gato
e com a sua feira incerta. Não amoitou dinheiro sujo nas Ilhas Virgens
Britânicas, em Miami, no Caribe, nas Ilhas de Jersey no Reino Unido, nas
Ilhas Cayman, ou Manhattan. Diferentemente de quem quando está a bordo
do “navio no poder”, afunda o pé e os desmandos envolvem coadjuvantes
que não demoram a se apaixonar pela cultura local de levar vantagem sem
fazer muita força, transformando-se em aliado do dinheiro sem nenhum
pudor. Não façam relatório fictício, avaliem corretamente!
O prefeito
Wenceslau Souza Marques não tem paraíso financeiro e fiscal daqui pra
Bahia, nem passando pelo Piauí. Podem levantar e devassar se no seu
governo teve algum Fundo Previdenciário de funcionários, do tipo IPREV,
etc. Apurem amiúde que não tem um “laranja” premeditado para lhe dar uma
feira. Nunca participou de operação de doleiros, não fez depósitos ou
transferências para contas de Banco da Suíça, Paraguai e Panamá, nem
teve do seu lado nenhum “Comendador” e “Sombra”. Visitem a sua
residência cujas paredes não foram pintadas em quatro anos e nem sequer
foi tirado o salitre no rodapé.
Nos diversos
escândalos deste País, tudo envolve a base política do Governo, se
estende ao Congresso, Parlamentares e corruptores externos. O processo
do MENSALÃO é um caso tipificado de “lavagem de dinheiro” que demonstra a
corrupção como espinha dorsal do crime organizado. Os vícios da prática
de falcatruas não se desvinculam do papel da mente criativa do disfarce
de metamorfosear os recursos públicos. Tudo em torno de um círculo
familiar e dentro do entorno de amigos do peito. Às vezes envolvem até
os já falecidos.
Não é a toa que
dramatizo para os riscos do gerenciamento de um Orçamento Anual de R$
30 milhões, em um município que precisa da promoção de geração de
Emprego e Renda. Apesar da causticante estiagem e falta do líquido
precioso para implantação de indústrias, além das dificuldades de
recursos extra-orçamentários, para uma Gestão Fiscal de qualidade,
visando o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida.
Analise e
interprete: “bribery” constitui-se crime e significa “oferecer, dar,
receber ou solicitar qualquer bem ou valor para influenciar as divisões
de funcionário público ou outra pessoa em cargo de confiança”. A raiz da
palavra, brinde, é discutível, mas vincula-se à “coisa roubada” desde o
século 14, sendo percebido como “jargão de ladrões” e, com a acepção de
favores adquiridos por meio de corrupção desde 1530. Embora eu ponha a
mão no fogo por uma dupla apurada feito vinho na futura Secretaria de
Administração.
É preciso
perseguir o dinheiro e este, como se tivesse vida própria, tornou-se
autônomo em setores da Administração Pública, passou a mudar de nome, de
endereço, de forma. Circula pelos favorecidos de fachada, contas
secretas, operações heterodoxas. São tantas dissimulações que dificultam
encontrar os rastros e pegadas dos ratos que comprovam documentos
fabricados e assinaturas falsificadas. Muitas vezes mudam os nomes, mas
as práticas são sempre as mesmas de uma herança maldita que se repete.
Por: Escritor e analista político Matias Marcelino Campos
Fonte: Passando a Limpo
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