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23 de fev. de 2013

PF apreende munição e armas em aldeias da PB

Uma operação para cumprir cinco mandados de busca e apreensão e coletar materiais que possam elucidar o homicídio de um cacique e outro indígena, que ocorreu na aldeia 'Brejinho', em julho do ano passado, mobilizou, ontem, cerca de 40 policiais federais na reserva indígena Potiguara, distribuída nos municípios de Rio Tinto, Marcação e Baía da Traição, no Litoral Norte do Estado. Durante a abordagem dos policiais, foram apreendidos dez celulares e quatro munições de revólver de calibre 38 e espingarda 12, que, conforme as investigações, podem ter sido usados nos assassinatos.

Além do material apreendido, os policiais prenderam um índio por porte ilegal de munição dentro da reserva e não descartam o envolvimento dele na morte do cacique Geusivã Silva de Lima, de 30 anos, e Claudemir Ferreira da Silva, de 37 anos. “A prisão se deu por conta das munições, mas estamos investigando e ele pode ser suspeito. Além dele, outras pessoas estão envolvidas no crime, pessoas da própria reserva”, esclareceu o superintendente da Polícia Federal (PF) na Paraíba, Marcelo Diniz.

As investigações PF apontam que a disputa pela liderança na aldeia 'Brejinho' foi a principal motivação do assassinato do cacique e do outro indígena. “Essa disputa pelo poder é muito comum nas aldeias, mas não com tanta intensidade. De acordo com as investigações, tudo indica que, na aldeia do cacique Geusivã, essa disputa era muito forte e os autores queriam, de fato, matá-lo. O outro índio, que era uma espécie de 'segurança' do cacique, morreu porque estava no local”, explicou a delegada Carolina Patriota, chefe da Delegacia de Defesa Institucional da Polícia Federal.

Ainda conforme as investigações da PF, o mandante do crime e que teria planejado toda a ação é um indígena. Segundo a delegada, testemunhas apontaram Robson Santos da Silva, conhecido como 'Robinho', que não é indígena, como o suposto autor dos disparos.

O suspeito foi preso dias depois do crime, mas por outro delito, e permanece detido em um dos presídios de João Pessoa, mas ele também é investigado pela PF no assassinato dos indígenas.

Todo material apreendido durante a operação 'Kuarup', cujo nome faz referência a um ritual indígena de ressuscitação dos mortos ilustres, será encaminhado para análise e outras diligências serão realizadas nos próximos meses. A previsão é de que o inquérito policial seja concluído em 60 dias e remetido ao Ministério Público Federal (MPF). Já o índio detido foi levado a sede da PF para prestar depoimento e pode ser encaminhado para a Central de Polícia, na capital.

A assessoria de comunicação do MPF informou que o órgão acompanha o caso e que, na época do crime, fez recomendações à Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (Sedes) para aumentar o efetivo policial no entorno da reserva indígena potiguara. Já sobre as disputas pelo poder nas aldeias, a assessoria informou que apenas o procurador-chefe, Duciran Farena, poderia comentar o assunto, mas está viajando a trabalho.

FUNAI ESPERA RESOLUÇÃO DE CRIME
O coordenador técnico da Funai na Paraíba, Benedito Rangel, afirmou que conflitos por liderança de aldeia são comuns no Estado. “Nós temos 32 aldeias, é comum que ocorram conflitos, mas nunca nada desse tamanho, a ponto de assassinar alguém. Não podemos afirmar nada, mas esperamos que as investigações apontem logo o responsável pela morte do cacique”.

O coordenador da Funai na Paraíba declarou, ainda, que o órgão tinha conhecimento dos problemas na liderança do cacique Geusivã, mas não imaginavam a magnitude. “Sempre existiram divergências internas, desde o cacique anterior. Os problemas acontecem em várias comunidades, não só nessa, mas nunca nada tão grave. Não podemos afirmar o que de fato houve, nós continuamos cobrando e acompanhando as investigações da polícia. Acredito que em pouco tempo teremos o resultado”, prevê Benedito.



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