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30 de jun. de 2013

Deputada perseguida no regime militar depõe na Comissão Estadual da Verdade

Desterro1:
Dezenas de pessoas lotaram o auditório da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Paraíba, em João Pessoa, para assistir, nessa sexta-feira (28), o depoimento da deputada federal, Jô Moraes, à Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória da Paraíba.

A ex-presidente do Diretório Acadêmico de Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba prestou um depoimento que emocionou muitas pessoas, incluindo familiares e amigos da época da faculdade e da militância estudantil, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970.

A paraibana, nascida em Cabedelo, foi presa duas vezes por agentes da ditadura militar. Teve seus direitos políticos cassados por dez anos e viveu na clandestinidade, tendo que mudar de identidade e de endereço várias vezes. O depoimento foi gravado e vai ser disponibilizado à Comissão Nacional da Verdade (CNV).

A parlamentar destacou que a Comissão Nacional da Verdade e as Comissões Estaduais iniciaram um ousado desafio que começa a se impor como uma necessidade histórica. “Resgatar os acontecimentos daquele período tão autoritário é recuperar a pedagogia da liberdade”, declarou. Ela acrescentou que o Brasil já viveu muitos ciclos de autoritarismo desde a sua construção. “Então é fundamental que a construção da consciência dos direitos civis seja posta”.

O representante da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Márcio Kameoka, afirmou que um dos objetivos da Comissão Nacional é de se aproximar das vítimas sobreviventes, familiares de mortos e desaparecidos políticos. Ele acrescentou que o site da CNV (www.cnv.gov.br) dispõe de um formulário para que as pessoas possam colaborar com os trabalhos.

O depoimento contou com a participação de estudantes, professores, e da secretária de Estado da Comunicação Institucional, Estela Bezerra. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da Comissão Estadual da Verdade, professor Paulo Giovane Nunes. Após o depoimento, a deputada Jô Moraes respondeu às perguntas dos integrantes da Comissão Estadual e de algumas pessoas que participaram da audiência.

Jô Moraes foi presa, pela primeira vez, durante o Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em São Paulo, junto com 800 jovens que tentavam realizar o evento sem a permissão dos militares. A segunda prisão aconteceu no Recife, quando distribuiu panfletos contra o Ato Institucional número 5, o AI-5, que cerceava a liberdade política.

Em 1972, Jô Moraes ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Atuou nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na organização do partido. Em Minas Gerais foi vereadora, deputada estadual e é deputada federal pelo estado, desde 2006, tendo sido reeleita em 2010. Integra várias comissões na Câmara dos Deputados.
Com Secom

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