Chega o Natal, você vai fazer o peru para a ceia e nem está na sua terceira taça de vinho para confundir: as instruções dizem claramente que a ave deve ser assada dentro da sua embalagem de plástico.
Você segue tudo à risca e, depois de várias horas dentro do forno, o peru está pronto, e o plástico, intacto. Ufa, ele não derreteu!
Esse milagre acontece porque o saco é feito de plástico PET, um polímero que só derrete em ambientes com temperaturas superiores a 260 graus Celsius (ºC). Como a carne fica assada e suculenta entre 190°C e 210°C, o plástico não corre o risco de virar a segunda pele do prato natalino.
A não ser que você beba mais um gole do vinho e não leia o restante das instruções que pedem para que o saco plástico não entre em contato com as paredes ou as grelhas do forno. Elas podem ficar mais aquecidas do que o ar de dentro dele, acima da temperatura de fusão do plástico. E aí não tem jeito, ele derrete mesmo.
O saco plástico que envolve o peru e outras aves também funciona como uma sauna, que assa a carne aproveitando o vapor que sai dela. É por isso que alimentos que já vêm dentro de plásticos para assar não precisam ser descongelados: a "sauna" descongela e assa a carne com rapidez e mesma eficiência.
Outros tipos de plásticos, como o polietileno - material utilizado na fabricação das sacolinhas de supermercado - têm um ponto de fusão inferior. Por isso, as sacolinhas derreteriam facilmente dentro de um forno aquecido.
Consultoria: Ligia Kashiwagi, gerente de produtos In Natura/Comemorativos da BRF, e Karine Moretti, pesquisadora de P&D Embalagem BRF.
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