Advogado vira centro de polêmica na rede por usar bermuda no aeroporto

Foto postada pela professora universitária em que
critica advogado por usar bermuda no aeroporto

A professora de letras Rosa Marina Meyer, da PUC-Rio, deu início a uma polêmica na internet após publicar em sua conta no Facebook a foto de um homem de camiseta regata e bermuda no aeroporto Santos Dumont, no Rio.

"Aeroporto ou rodoviária?", questionou a docente. Outras pessoas postaram comentários ironizando a presença de pessoas de baixa renda nos aeroportos.

O homem retratado tomando refrigerante é Marcelo Santos, 33, advogado, sócio do escritório Oliveira & Santos e procurador de Nova Serrana, em MG.

Ele falou sobre a polêmica à coluna.

Folha - Qual foi a sua reação ao ver a publicação do comentário na internet?

Marcelo Santos - Achei que era brincadeira de algum amigo meu. Eu não gostei porque é uma forma grosseira de humilhar uma pessoa em determinada situação. Eu estava voltando de um cruzeiro internacional e, como o Rio de Janeiro é uma cidade muito quente, eu realmente estava de bermuda e camiseta no aeroporto. 

Na minha opinião, viajar de avião é apenas um jeito de se transportar.

Como ficou sabendo da polêmica envolvendo os comentários da professora?

Marcelo visitou o Rio após cruzeiro para a Argentina

Uma estagiária do meu escritório perguntou se eu estava no aeroporto Santos Dumont de bermuda e camiseta e eu disse que sim. Então ela falou: "Acho que tem uma foto sua fazendo sucesso na internet". Eu vi na Dilma Bolada [página de humor] e fiquei surpreso, ainda mais por serem comentários que vêm de pessoas voltadas para a educação. Depois, fiquei feliz por ver que a maioria estava indo contra o pensamento da professora.

Você está pensando em tomar alguma medida na Justiça contra ela? 

Já estou tomando providências, mas ainda não quero revelar. Quase não dormi pensando nisso. Hoje [sexta-feira] o dia foi só por conta dessa história, explicando aos amigos. Depois do almoço, o meu "Face" começou a bombar. 

Até agora não tinha comentado esse caso em nenhum lugar. Só alguns amigos e o pessoal que trabalha comigo se pronunciaram.

Folha de SP