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9 de fev. de 2014

Menos bebês de adolescentes

Apesar do corpo franzino e aparência de menina, Ana Karoline do Nascimento já tem responsabilidades de adulto. A adolescente de 15 anos é mãe da pequena Emanuelle, que nasceu no mês passado, em João Pessoa. A realidade da jovem mãe foi a mesma de outras mulheres, na faixa etária de menos de 15 até 17 anos, que tiveram filhos em 2012, na Paraíba. Ao todo foram 48.653 crianças nascidas de adolescentes paraibanas, naquele ano. O número é de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresenta queda de 9,1%, se comparado ao ano de 2011 (53.758).

Segundo a Pesquisa de Registro Civil, divulgada em dezembro do ano passado pelo IBGE, João Pessoa também seguiu a tendência de queda apontada no estudo. Mas, ainda é o município paraibano que concentrou o maior número de mulheres que engravidam na adolescência, com o total de 11.169 crianças nascidas, contra 11.443 bebês, em 2011.

O município de Campina Grande acompanhou o mesmo ritmo e o número de bebês passou de 4.350, em 2011, para 3.575 no ano seguinte. Ainda conforme a pesquisa, o maior número de crianças nascidas de adolescentes foi de mães com idade de 17 anos. No ano de 2012 foram 2.049 bebês, contra 2.038 crianças, no ano anterior 2011.

Na sequência aparecem os filhos de adolescentes de 16 anos, com 1.573 em 2012, e 1.680, em 2011. Na mesma faixa etária de Ana Karoline foram 944 crianças nascidas em 2012 e 40 a menos, em 2011. A jovem conta que sabia dos métodos contraceptivos, mas disse que a gravidez foi por “falta de atenção”. Com as dificuldades que enfrentou e os desafios que virão no futuro, a garota diz não estar arrependida e não esconde a felicidade trazida pela maternidade.

“Aconteceu e eu continuei com a gravidez. Minha filha nasceu bem e com saúde”, comemora. A mãe da adolescente, que também teve a filha aos 15 anos, conta que sempre orientou a jovem quanto à prevenção da gravidez precoce. Agora, ela deseja que a adolescente continue estudando para dar um futuro melhor à neta. “Espero que depois do resguardo ela volte para a escola e estude para ter uma boa profissão, principalmente porque agora ela é mãe”, aconselha Carolina Nascimento.

Ana Karoline revela ainda que tem outras amigas que também engravidaram na adolescência, inclusive uma que tem 14 anos e está com 9 meses de gestação. Os bebês nascidos de mães nessa faixa etária também foram computados na pesquisa do IBGE. Conforme o estudo, foram 485 crianças nascidas, em 2012, e 543 no ano anterior.

O QUE DIZ A SECRETARIA DE SAÚDE
Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) disse que o acompanhamento das mães adolescentes é realizado nas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF), de responsabilidade de cada município. A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato telefônico com as responsáveis pela área de Atenção Básica e Saúde da Mulher da SES, Charlene Oliveira e Durvalina Lima, mas, até o fechamento desta edição, nossas ligações não foram atendidas.

Já a representante da Saúde da Mulher da Secretaria Municipal da capital, Tânia Lucena, informou que além do acompanhamento nas UBSs, as gestantes adolescentes que apresentarem gravidez de alto risco são encaminhadas para os Centros de Atenção Integral à Saúde (Cais), as maternidades Frei Damião e Instituto Cândida Vargas, e Hospital Universitário Lauro Wanderley.

Outro serviço que estará disponível, ainda este ano, para as gestantes nesse perfil será a “Rede Cegonha”. “Com a Rede Cegonha, as gestantes terão uma atenção ainda mais qualificada e humanizada e vamos evitar, principalmente, o óbito dos bebês”, disse.

SITUAÇÃO NA PARAÍBA AINDA É PREOCUPANTE
Mesmo com a redução no número de nascimentos de crianças cujas mães são adolescentes, a situação é considerada preocupante, de acordo com a análise da secretária estadual de Desenvolvimento Social, Aparecida Ramos. A gestora informou que além dos serviços de saúde, as adolescentes também podem receber acompanhamento nos Centros de Referência de Assistência Social.

“Esse índice ainda é alto diante de uma juventude que está com um grau de informação sobre os métodos contraceptivos que existem hoje. Mas, quando ocorre a gravidez, essas adolescentes precisam de acompanhamento nos Centros de Referência, do Estado ou nos mantidos pelos municípios. Além disso, temos o trabalho dos Conselhos Tutelares”, explicou a secretária.

Aparecida Ramos lembrou ainda que muitas adolescentes que engravidam sofrem rejeição das famílias ou dos parceiros. A gestora informou que os profissionais dos Centros de Referência também fazem esse acompanhamento familiar para que as meninas não fiquem desamparadas.

“Nós temos os serviços de proteção básica, porque muitas meninas passam por esses problemas e nesse momento elas precisam desse apoio da família. Mas, também acontece de muitas jovens se juntarem com os companheiros e formarem uma família”, completa.
JP Online

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