Obama anuncia nova política para imigração nos EUA e desafia o Congresso, que terá maioria republicana a partir de 2015, a aprovar uma lei que não desrespeite legado histórico de imigração nos EUA

“As ações que eu estou tomando não somente são legais, como são o tipo de ações tomadas por todo o presidente republicano e todo presidente democrata nos últimos cinquenta anos”, pontuou. “Para aqueles membros do Congresso que questionam minha autoridade para fazer nosso sistema de imigração funcionar melhor, ou questionam minha estratégia de atuar onde o Congresso falhou, eu tenho uma resposta: aprovem uma lei”.
A principal medida do novo plano é a proteção de mais de cinco milhões de imigrantes ilegais. Segundo Obama, esses imigrantes não poderão ser deportados, mas não necessariamente se credenciam para tirar a cidadania americana. A ideia é que não cidadãos em situação irregular residentes no país por mais de cinco anos e que tenham um filho que seja cidadão americano ou residente legal permanente poderão solicitar uma autorização de trabalho por três anos.
Outra novidade exposta pelo presidente americano é a ampliação das condições de acesso ao programa DACA (Ação Deferida para os Chegados na Infância, em tradução livre), lançado pelo próprio Obama em 2012 e que garante residência temporária a jovens imigrantes sem documentos que chegaram aos Estados Unidos até os 16 anos e antes de junho de 2007. A partir de agora, Obama remove o teto do limite de idade (31 anos) e corrige a data máxima para entrada no país para janeiro de 2010. Essas medidas, no entanto, não abrangem imigrantes chegados depois de 2010 que serão deportados. Imigrantes que já estão em processo de deportação, mas que se enquadrem em uma dessas situações, serão beneficiados pelo novo pacote de benesses do governo americano.
Apesar da sinalização positiva a quem já está dentro das fronteiras do País, Obama indicou que deve endurecer a fiscalização nas fronteiras. Além de mais recursos para reforçar o patrulhamento nas fronteiras coo o México, Obama prometeu mudanças no sistema judicial para acelerar os processos de deportação.
“A maioria dos americanos apoia essa política que eu estou anunciando hoje, mas eu compreendo quem discorda”, pontuou ao lembrar que as medidas não tentam resguardar o País que os Estados Unidos são, mas a nação que desejam ser no futuro. “Somos um País que expulsa imigrantes trabalhadores ou que os dá as boas vindas? Nós somos uma nação de imigrantes. Nós também já fomos estranhos. O que nos faz americanos é o compartilhamento de um ideal de que todos nós podemos vencer na vida. Este é o legado que temos de deixar para os que estão por vir”.
IG
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