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28 de out. de 2016

Ricardo não é avestruz diante da crise, ele enfrenta de peito aberto as dificuldades – Por Nonato Guedes

Ainda que sejam passíveis de questionamento as fontes para remanejamento de recursos indicadas pelo governador Ricardo Coutinho em decretos de emergência que abrem crédito suplementar para pagamento de dívidas e quitação de despesas com a folha de pessoal do Estado, um mérito não pode ser subtraído do gestor socialista: o de enfrentar a crise.

Outros que estivessem no seu lugar talvez ficassem de braços cruzados, esperando um “milagre” dos cofres federais em Brasilia. Ricardo já acionou canais para obter uma audiência com o presidente Michel Temer a fim de tentar flexibilização no rigor da política de austeridade adotada em relação aos Estados.

Não há expectativa triunfalista do governador quanto a concessões por parte de Temer, até porque há má vontade em círculos do poder federal quanto ao administrador paraibano por ter defendido a ex-presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, ele vai esgotar essa via, que lhe é conferida no plano institucional.

Fora daí, o governador sabe que tem que se coser com as próprias linhas, ou seja, cozinhar-se nas próprias banhas. É o que está fazendo com a abertura do crédito estimado em R$ 129 milhões. Ele demonstra que não está omisso diante da gravidade da conjuntura, fruto de uma conjunção de fatores – as restrições impostas por Brasília, mais especialmente pelo governo de Michel Temer, e as próprias dificuldades de ajustes ocorridas no âmbito da sua administração, por mais que, nesse ponto, ele se recuse a admitir culpabilidade.

A oposição na Assembleia Legislativa questionou que os recursos remanejados estão sendo retirados de setores imprescindíveis para a vida do cidadão, como Saúde e Educação. “Os acertos poderiam ocorrer sem prejudicar setores que já são muito penalizados”, comentou o deputado Renato Gadelha, do PSC, líder oposicionista na Assembleia. Gervásio Maia, expoente da bancada governista, observou que é normal que haja esse tipo de ação nos governos. Mas garantiu que os ajustes não vão prejudicar a população e os setores atingidos com restrições.

É uma aposta, evidentemente, diante de um cenário de incógnita com que trabalha a administração do socialista Ricardo Coutinho. A verdade é que a tempestade chegou. Ela foi vaticinada, o governo foi advertido por segmentos da oposição, e é possível que tenha pago para ver ou que não tenha calculado, até então, a dimensão verdadeira da extensão do que está ocorrendo.

Mas a oposição precisa ter uma postura cautelosa e responsável diante desse momento difícil que a Paraíba está atravessando, sob pena de ser inquinada de semeadora do caos e de faltar com o concurso de uma colaboração para equacionar um problema que deixou de pertencer a um governo para afetar uma população como o todo. Este é o desafio que Ricardo coloca para o julgamento da opinião pública.

O ponto indicativo do agravamento deu-se com o rebaixamento da Paraíba no ranking da Secretaria do Tesouro Nacional em termos de equilíbrio financeiro, provocando uma situação que impede a administração estadual de contrair empréstimos internos e empréstimos externos. Em outras palavras, o Estado perdeu por enquanto a condição de adimplente, que lhe servia de passaporte para dispor de aval e lastro de sustentação a operações financeiras de vulto.

Quem já passou pelo comando de governos sabe perfeitamente o que significa esse rebaixamento e o ingresso na pontuação da “inadimplência”. O Estado atirado a tanto perde credibilidade ou confiança e encontra fechados canais que, de outra forma, estariam abertos com facilidade. A imagem, vertida para a linguagem popular, é a do Estado caloteiro – pelo menos enquanto perdurar a menção da Paraíba no índex de verificação de desempenho de outras unidades da Federação.

O governador Ricardo Coutinho tem absoluta consciência de todo esse estado de coisas. Mas está transmitindo à Paraíba e à sua população o recado cristalino de que não age como avestruz – enterrando a cabeça na areia para fugir da tempestade. A administração enfrenta de peito aberto as dificuldades ou a tal tempestade, a seu modo, dentro das suas técnicas próprias de resolução de problemas dessa natureza. Não é a primeira vez que tal se dá com a Paraíba. Mas será mal-visto quem atrapalhar, ao invés de contribuir com algum tipo de solução. Este é o sentimento dominante junto à própria opinião pública.

Fonte: NONATO GUEDES
Créditos: OS GUEDES

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