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25 de abr. de 2014

Casos de dengue na Paraíba registram redução em mais de 50% este ano

Os números de casos notificados da dengue continuam em redução no Estado em comparação com o mesmo período analisado ao ano anterior. Até o dia 5 de abril deste ano, foram registrados 1.858 casos, o que representa uma redução de 50,9% em relação ao mesmo período no ano de 2013 (3.785 casos). O número de casos graves também teve queda, provavelmente pela mudança de sua definição (antes dengue hemorrágica), e melhor organização da rede assistencial para o atendimento aos pacientes com suspeita da doença. 

Para a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, essa diminuição das notificações deve-se a tentativa do Ministério da Saúde de mudar o sistema de registro dos casos. De acordo com o MS, não será mais feita essa mudança nesse primeiro semestre e o Estado vem trabalhando em um monitoramento diário para avaliar os municípios que ainda não notificaram nenhum caso de dengue esse ano. “Ao notificar um caso suspeito, o profissional de saúde inicia um processo estruturante no desencadear das demais ações necessárias para o controle da doença em seu território”, explicou. 

O trabalho que toda equipe de vigilância da Secretaria de Estado da Saúde vem realizando, desde o início desta gestão, também reflete nessa redução dos números. “Em 2012 e 2013 trabalhamos com o foco central na qualificação das informações para tomada de decisão das ações de controle vetorial. Em 2014 estamos trabalhando para o fortalecimento da rede assistencial e laboratorial”, observou Talita. 

No ano passado, foram qualificados, por meio do manejo clínico da dengue, 502 profissionais em todo Estado. Para este ano, a meta é atingir 1.000 profissionais – com treinamentos em todas as 12 Gerências Regionais de Saúde – e a expectativa é que até o final de maio o Estado contemple 100% dos 223 municípios paraibanos com o manejo. Até agora, já foram capacitados 702 profissionais de saúde. 

Trabalhando em parceria com os municípios, a SES pactuou junto às cidades das Macrorregiões de Saúde (I, II, II e IV) o transporte das amostras sorológicas para dengue, semanalmente e com resultado online pelo sistema Gerenciamento Amostras Laboratoriais – GAL. 

Os municípios pactuados são: Belém do Brejo do Cruz, Bom Sucesso, Brejo do Cruz, Brejo dos Santos, Catolé do Rocha, Jericó, Mato Grosso, Riacho dos Cavalos, São José do Brejo do Cruz, São Bento, Bernardino Batista, Bom Jesus, Bonito de Santa Fé, Cachoeira dos Índios, Cajazeiras, Carrapateira, Monte Horebe, Poço de Dantas, Poço José de Moura, São José do Rio do Peixe, São José de Piranhas, Santa Helena, Santarém, Triunfo, Uiraúna, Aparecida, Cajazeirinhas, Lagoa, Lastro, Marizópolis, Nazarezinho, Paulista, Pombal, São José de Lagoa Tapada, Santa Cruz, São Bentinho, São Domingos de Pombal, São Francisco, Sousa e Vieirópolis. 

Diferente do ano passado, a SES conseguiu processar 14 amostras para isolamento viral dos municípios de Mari, Alhandra, Brejo do Cruz e João Pessoa, sendo detectável apenas a amostra de João Pessoa para o sorotipo DENV – 4 no Bairro de Cruz das Armas. 

AÇÕES – Diversas das ações realizadas durante os meses de março e abril pela Secretaria de Estado da Saúde, em conjunto com os municípios, contribuíram para a redução nos números da dengue. Entre elas estão os informativos, spots para rádio, mídias para carros de som, camisas, faixas, botons e outros materiais. 

A Vigilância Ambiental da SES, através da nova estruturação da Central de UBV (Ultrabaixo Volume), vem ampliando e trabalhando melhor a ferramenta de UBV (Fumacê), junto aos municípios. A utilização desse procedimento consiste na aplicação espacial de inseticidas, a baixíssimo volume, para a eliminação do mosquito transmissor da dengue na fase adulta. Sua utilização só é indicada em localidades onde existe alto índice de infestação do Aedes aegypti, equivalente a 4%, e transmissão da dengue com casos confirmados, laboratorialmente, de acordo com as normas do Ministério da Saúde. 

É necessário seguir rigorosamente algumas regras e critérios para que a ação cause o efeito desejado. Ou seja: o veículo só pode circular à noite (das18h às 22 h) e pela manhã (das 4h às 7 h), períodos em que não há presença do sol. Além disso, a velocidade do vento não pode ultrapassar 6 km/h (monitorado por equipamento), enquanto a velocidade do carro só é permitida até 10 km/h. Isso é importante para que a aspersão aeroespacial seja feita adequadamente e tenha eficácia. 

Outro aspecto importante é a contribuição da população, como por exemplo, abrir as portas na hora da passagem do carro fumacê, inclusive portas dos quartos e movimentar objetos que possam servir de esconderijo do mosquito, para facilitar a exposição deles ao inseticida. Tudo isso é necessário para se atingir a mortalidade esperada, que é de 80% da infestação do vetor na área onde o veículo esteja circulando.

A SES emitiu uma Nota Técnica (N.º 01/2013), na qual estabelece critérios entomo-epidemiológicos para a liberação das atividades de UBV Pesado – Fumacê. Trata-se de uma intervenção que, preferencialmente, deve ser restrita às áreas vulneráveis, evitando, assim, o uso excessivo de inseticidas em áreas não indicadas, enfatizando, portanto, o uso oportuno desse insumo crítico nas ações de controle de dengue.  

“Se o carro fumacê for utilizado de forma indiscriminada, pode acabar provocando outras doenças. Ele pode ser prejudicial tanto para a saúde humana como para o meio ambiente. Nós temos uma cultura de que o fumacê é a forma mais eficaz de combater a doença e isso pode acabar tendo um efeito contrário. Tem um momento em que ele já não causa mais efeito e o mosquito fica resistente. Além disso, também mata o predador do mosquito”, explicou o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos, da SES, Antonio Neto. 

Desde o mês de fevereiro deste ano, 19 municípios receberam intervenção do carro fumacê e 12 estão em processo de conclusão dos trabalhos. Foram usados, aproximadamente, 240 litros do adulticida Deltametrina a 2%. 

As Secretarias Municipais de Saúde devem utilizar como formas de prevenção projetos de educação ambiental, onde equipes de educação e saúde visitem escolas, empresas e instituições, levando informações sobre a doença. Além disso, intensificar a visita domiciliar dos Agentes de Combate a Endemias (ACE), orientando a população, quanto ao correto armazenamento de água e, como última medida, a aplicação de larvicida e, quando não houver condições de remover, vedar totalmente ou proteger aquele recipiente vulnerável, ou seja, que pode se transformar em um possível criadouro para o Aedes aegypti. 

Uma opção é a instalação de Ecopontos, que são contentores diversificados para a coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos para posterior reciclagem. É uma solução para evitar o despejo desses materiais em vias públicas e terrenos baldios que, ao acumularem água parada, acabam contribuindo para a proliferação do mosquito da dengue. 

Dentre os Ecopontos, existem os destinados, exclusivamente, à coleta de pneus inservíveis. Os pneus, tradicionais vilões no controle do vetor, passam a ter destino ambientalmente adequado, por meio de parcerias entre o poder público, empresas fabricantes, revendedoras e reformadoras de pneumáticos. 

Na Paraiba, conforme resolução do CONAMA 301 de 21/03/2002, a Associação Reciclanip, determinou para que fossem transportados os pneus inservíveis com destino final para a CBL Comércio e Reciclagem de Borrachas Ltda, instalada na fábrica de cimentos CIMPOR. 

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Números – No segundo levantamento de índice de infestação predial – IIP, realizado no início de março, foi constatado que dos 223 municípios paraibanos, 201 realizaram pesquisas indicando que os grandes reservatórios, como caixas d’água a nível de solo, galões e tonéis (muito utilizados para armazenagem de água de uso doméstico em locais dotados de infraestrutura urbana precária), são os criadouros que mais produzem Aedes aegypti e, portanto, os mais perigosos. 

Isso não significa que a população possa descuidar da atenção a pequenos reservatórios, como vasos de plantas, calhas entupidas, garrafas, lixo a céu aberto, bandejas de ar-condicionado, poço de elevador, entre outros. O alerta é para que os cuidados com os reservatórios de maior porte sejam redobrados, pois é neles que o mosquito seguramente encontra melhores condições para se desenvolver de ovo a adulto. Em 70% dos municípios paraibanos, os grandes criadouros produzem quase 90% do total de mosquitos adultos. 

Dos dados analisados, 51 municípios apresentaram Índice de Infestação Predial (IIP) abaixo de 1% (baixo risco); 77 apresentaram IIP de 1% a 3,9% (alerta) e 73 municípios em situação de risco para a doença com IIP acima de 4 %. 

A SES, por meio da Vigilância Ambiental, recomenda que os municípios intensifiquem o recolhimento de pneus e esclarecimentos à população; realizem um amplo trabalho de conscientização, relativo aos depósitos ao nível de solo; reavaliem o processo de trabalho de campo dos Agentes de Endemias; adquiram o material necessário para as atividades dos agentes; intensifiquem as supervisões e promovam atualização técnica para os agentes de controle do vetor.

Redação com Secom

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