A semana passada foi marcada pela realização do Intercâmbio de Experiências dos Projetos Aguadas, Cisternas II e P1MC, em Irecê. Agricultores e agricultoras de 22 municipios conheceram experiências exitosas de conviência com o semiárido.
O Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) realizou, entre os dias 23 e 25 de fevereiro, o 1º Intercâmbio de Experiências dos Projetos Aguadas, Cisternas II e P1MC. A atividade envolveu agricultores e agricultoras de 22 municípios dos territórios de Irecê, Chapada Diamantina e Velho Chico. Foram visitadas quatro experiências com tecnologias sociais e houve diversos debates com temas voltados ao semiárido.
Bela Sombra | Ipupiara - A experiência bem sucedida com a barragem subterrânea na propriedade do jovem Leonardo Araújo, 21 anos, surpreendeu os agricultores. Uma grande variedade de culturas como banana, melancia, mandioca, feijão e milho é mantida com a água da barragem. A renda da família é reforçada com a comercialização do milho e da farinha. Leonardo está otimista e ressalta que a expectativa para este ano é de bons cultivos.
Jatobá | Brotas de Macaúbas - Outro grupo ficou entusiasmado com o que presenciou na propriedade de Dona Margarida dos Santos. Aos 74 anos, ela demonstra muita força e coragem, e cuida com carinho do seu quintal agroecológico. Dona Dota, como é mais conhecida, tem uma cisterna de produção. Ter água no quintal, explica, foi a realização de um sonho. Ainda nessa localidade, o grupo conheceu um barreiro trincheira comunitário.
Lagoa do Zeca | Canarana – A turma foi recebida com muita alegria pelo agricultor Valdemiro Reis, 78 anos, para conhecer sua experiência com o barreiro familiar. Ele usa a água do barreiro para matar a sede dos animais e para manter uma produção agroecológica. Valdemiro lembrou das dificuldades para encontrar água na região. Disse que caminhava muito para encontrar o recurso, sacrifício que nem sempre era compensado.
Angical | Irecê - O foco foram os canteiros agroecológicos implementados pelo projeto Cidades Sustentáveis, do CAA. Coentro, pimentão, salsa, alface, cebolinha e rúcula fazem parte da variedade de produtos orgânicos cultivados pelas famílias, tudo sem uso de agrotóxico. Nessa visita, os participantes acompanharam uma Oficina de Segurança Alimentar e Nutricional. Todos provaram uma variedade de receitas preparadas com os alimentos dos canteiros.
Socialização – O encerramento foi marcado pela socialização das experiências. Um momento em que cada um pôde explanar sobre o que viu e aprendeu. “Vou levar muitas novidades para minha comunidade e incentivar a todos para darem mais valor às cisternas”, disse Elionete Borges, da localidade de Salgado, em Lapão. Outros assuntos como a união, valorização das tecnologias, participação ativa nas associações comunitárias e a ousadia dos moradores em encarar os desafios, também foram lembrados pelos participantes.
Fonte CAA Bahia
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