Taperoá: Zona rural entra na era da tecnologia

Arlete Amaro Maciel, 19 anos, moradora do Sítio Salgado, distante apenas 14 km da cidade de Taperoá, exibi com orgulho os dois certificados que conquistou numa escola de informática, na época que ainda não existia computador em sua casa e muito menos ainda o acesso a internet.
A vontade de aprender computador levou Arlete a buscar contato com a internet através da Lan House e assim mantivesse acesa a chama de que um dia ela pudesse trazer até sua casa o acesso à rede mundial de computadores.

A menina da zona rural taperoaense não imaginava que esse processo fosse demorar tão pouco tempo. Assim que Arlete adquiriu seu PC o milagre da conexão veio logo em seguida e a menina taperoaense já tem sobre o telhado de sua casa a antena que a colocou no cenário mundial, um privilégio que a bem pouco tempo estava fora da realidade dela.
Das centenas de casas que compõe a comunidade do Salgado apenas 6 tem computador ligado a rede mundial, via sinal de rádio que vem da cidade de Livramento, mesmo assim, os comunitários comemoram o fato de já ter disponível serviços no computador que antes não se pensava que pudesse ter na realidade dessas pessoas, que a bem pouco tempo, viviam na escuridão de não ter sequer energia elétrica.
A vida da filha do Agricultor José Amaro Maciel, 65 anos, e da Agricultora Lurdes de Telo, 60 anos, ambos de uma geração que provavelmente não vão se adaptar a essa nova realidade, mudou, bem como a dos seus cincos irmãos menores que começam a viver o dia da dia das redes sociais.
Os pais de Arlete nunca usaram computador e relutam só em pensar na possibilidade de ter que usar o que eles chamam de “o bicho”. Ainda concluindo o ensino médio, a menina não ver a hora de arrumar um emprego e poder aplicar os conhecimentos que adquiriu nas aulas de informática. A comunidade já tem hoje água, parte dela, PSF, Igreja, poços artesiano, cisternas. A água foi trazida através de projeto do governo, juntamente com a prefeitura municipal de Taperoá.