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1 de jul. de 2011

Greves marcam os seis primeiros meses do governo de Ricardo

Jhonathan Oliveira

Do Paraíba 1

Nesta sexta-feira (1) Ricardo Coutinho (PSB) completa seis meses à frente do Governo do Estado. Esse primeiro semestre de administração socialista foi marcado por um aspecto indesejável para qualquer gestor: o alto número de greves. De janeiro até agora o governador enfrentou quatro movimentos de paralisação, sendo que todos eles foram dos chamados setores fundamentais.

Já 'cruzaram os braços' a polícia, os professores da rede estadual de ensino, os professores e servidores da Universidade Estadual da Paraíba e os médicos do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. E já existe a promessa de uma nova greve no Estado a partir da próxima segunda-feira (4), desta vez são os servidores da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) que pretendem paralisar as atividades.

A primeira greve deflagrada no governo de Ricardo foi a das categorias de segurança pública. Logo no início da gestão do governador os representantes das polícias militar e civil e também dos agentes penitenciários pressionaram o chefe do Executivo para que ele cumprisse o pacote de leis, aprovado na gestão de José Maranhão (PMDB), conhecido como PEC 300 da Paraíba que garantia um reajuste salarial para todos os setores.

Eles chegaram a acampar em frente ao Palácio da Redenção cobrando a aplicação da lei. Após várias reuniões de representantes com secretários do Governo e a negativa do pagamento do reajuste, as categorias decidiram entrar em greve.

O movimento de paralisação da segurança teve início no dia 28 de fevereiro. O governador chegou a pedir o auxílio de tropas federais para suprir a falta de policiais nas ruas em pleno período carnavalesco. No entanto, dois dias depois do início da greve o Tribunal de Justiça considerou a greve ilegal e determinou que os policiais e os bombeiros voltassem ao trabalho. A decisão foi baseada em um pedido impetrado pela Procuradoria Geral do Estado. Mais tarde, no dia 15 de março o juiz Aluízio Bezerra Filho declarou nula a PEC 300 estadual. De acordo com a decisão as leis eram irregulares por terem sido aprovadas em período eleitoral.

Depois do movimento da segurança, o governador passou mais de dois meses administrando com uma certa tranquilidade. Até que no mês de maio surgem dois novos movimentos de paralisação: o dos professores da rede estadual e o dos médicos do Hospital de Trauma.

No dia 02 de maio os professores da rede estadual pararam as atividades deixando 400 mil alunos sem aulas. O sindicato da categoria cobrava uma série de reivindicações, sendo que a principal delas era o pagamento do piso salarial nacional, que não estava sendo cumprindo pelo Estado. Houve uma série de negociações entre o Estado e os representantes. O Governo ofereceu uma série de benefícios e depois de mais de 20 dias o movimento caminhava para o final, quando os grevistas descobriram que tiveram os salários cortados. Isso acabou gerando um movimento mais radical que culminou em uma invasão ao Palácio da Redenção (veja vídeo).

Após mais de um mês de greve, a solução que o Governo encontrou para a greve dos professores foi a mesma tomada com a polícia. No dia 1 de junho, o Tribunal de Justiça decretou a ilegalidade da paralisação e determinou que os educadores voltassem para as salas de aula.

No Hospital de Trauma o problema para o Governo também foi grande. Primeiro ele enfrentou a paralisação de cirurgiões prestadores de serviço que cobravam o realinhamento dos valores dos plantões. Eles ficaram parados por uma semana e por falta de profissionais na unidade um jovem acabou morrendo (veja vídeo).

O Governo acabou atendendo as reivindicações dos médicos prestadores de serviço. Só que logo depois surgiu um movimento de paralisação dos efetivos que exigiam receber o mesmo valor que estava sendo pago aos prestadores. Depois de uma paralisação de advertência, eles desistiram da greve e decidiram acionar o Estado na Justiça.

Greve mais tranquila

Também no mês de maio, o Governo do Estado enfrentou greve dos professores e dos servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba. Eles questionavam o repasse de verbas do Executivo para à instituição. De acordo com as categorias, o governador estava contrariando a autonomia da UEPB, reduzindo os duodécimos.

Paralisação dos professores durou apenas cinco dias e a dos servidores pouco mais de 15 dias. Eles decidiram voltar ao trabalho após o o Governo prometer pagar a dívida deixada pela gestão anterior, quando não teria sido feito o repasse e ainda rever o cálculo de 2011. Estes eram os pontos principais questionados.

Falta de diálogo

Na maioria dos movimentos grevistas registrados as categorias envolvidas acusaram o governador Ricardo Coutinho de se negar a dialogar com os representantes. Esse argumento foi utilizado pela polícia, pelos professores e também pelos médicos.

As categorias sempre questionaram o fato de o governador não receber ninguém e sempre designar secretários para fazer isso. Isso acabou gerando um protesto da oposição na Assembleia Legislativa, que obstruiu as votações na Casa exigindo que o governador sentasse com os representantes.

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