Os estudantes, que estão em uma escola, ainda denunciam a falta de laboratórios.
Estudantes do campus V da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
reclamam da falta de laboratórios e da dificuldade de acesso à
instituição. Há sete meses, eles passaram a estudar na Escola Estadual
José Lins do Rego, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa. Apesar
do tempo, os alunos alegam que vários equipamentos de laboratórios não
foram instalados e que enfrentam dificuldades diárias para chegar à sala
de aula, em virtude da carência de ônibus.
Já o campus informou que solicitou à Superintendência de Transportes e
de Trânsito de João Pessoa (STTrans) a ampliação nas linhas de ônibus e
explicou que a demora na instalação dos laboratórios é causada por
licitações que a UEPB está realizando em cumprimento às leis vigentes.
Antes de ser transferida para o Cristo Redentor, o campus cinco da
UEPB funcionava no Centro de João Pessoa. Com a implantação da
universidade na Escola José Lins do Rego, os alunos ganharam mais
espaço.
No entanto, passaram a enfrentar outro problema: a dificuldade no
acesso. Alguns estudantes precisam sair de casa com duas horas de
antecedência do horário da aula. O tempo é gasto para usar quatro ônibus
necessários ao deslocamento até o Cristo Redentor.
“Moro no Bessa e preciso pegar um ônibus que vai até a Integração e
de lá outro que chega até aqui. É uma correria grande e fica ainda pior,
porque estudo pela manhã e venho e volto nos horários de pico, quando
está tudo congestionado em João Pessoa”, declara o estudante do 8º ano
do Curso de Relações Internacionais, Delmo Almeida.
“Preciso sair de casa às 5h30 para assistir aulas às sete. Eu moro em
Bayeux e preciso usar quatro ônibus, dois para vir e dois para voltar.
Se a UEPB ainda fosse no Centro, essa viagem seria mais curta”, analisa o
estudante de Arquivologia, Saulo Martimiano.
Já o universitário Antonio Rafael Peregrino Neto reclama da ausência
de laboratórios e de encaminhamentos aos estágios. Ele conta que vai se
formar em dezembro deste ano em Arquivologia. Apesar disso, não teve
aulas práticas no novo endereço do campus devido à falta de implantação
de um dos três laboratórios do curso.
Para não ficar com deficiência na formação, o jovem buscou a prática através dos estágios.
“O meu estágio é obrigatório, mas a universidade não fez o
encaminhamento para as empresas. Eu é que fui atrás e consegui, porque
queria ter a prática. Sem laboratório, temos apenas aulas teóricas e
isso resulta em deficiência na vida profissional”, acrescentou.
Jornal da Paraíba
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