O ano de 2012
começará com velhos problemas na rede pública de ensino. Estimativa da
Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação aponta
déficit de cerca de 300 mil professores no país — nas redes estaduais e
municipais —, número que corresponde a 15% do total de educadores em
salas de aula (2 milhões).
Salários
baixos, falta de educadores no mercado, ausência de planos de carreira e
mau gerenciamento do quadro de servidores — muitos estão desviados de
função — são apontados como causas da carência.
Para amenizar a
crise, estados e municípios recorreram a concursos e contratos
temporários, e professores passaram a lecionar em áreas diferentes da
sua formação.
Hoje o piso
nacional do magistério para 40 horas é de R$ 1.187. Para o Sindicato
Estadual dos Profissionais de Ensino do Rio (Sepe), o valor não motiva a
permanência na escola.
De acordo com o
Sepe, em 2012 a falta de professores continuará a ser crônica na rede
estadual, que perderá um educador a cada dia útil por exoneração,
mantendo a média deste ano.
O déficit nas
escolas — a maioria de ensino médio —, chegaria a 10 mil profissionais.
Na capital, os números são igualmente preocupantes: 5 mil estimados.
Presidente da
União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleuza
Repulho diz que a saída é a aprovação, em 2012, do Plano Nacional de
Educação (PNE).
— O PNE prevê
plano de carreira. O professor quer buscar a chance de crescimento
profissional. Se não for feito nada chegaremos a um ponto que haverá
orçamento e alunos, mas não educadores — diz Cleuza, que aponta as áreas
de Química, Física e Matemática como críticas.
Marcelo Remígio | O Globo
Fonte: Passando a Limpo
Edição Acesso Desterro | www.acessodesterro.com
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