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21 de dez. de 2011

Mais de 10 mil pessoas participam de protesto entre Juazeiro e Petrolina no Nordeste

Cerca de 10 mil pessoas iniciaram um protesto organizado pela Articulação do Semi-Árido (ASA).

casamento-422-300x200O trânsito na Ponte Presidente Dutra e nas ruas de acesso a ela (Raul Alves e Av. Santos Dumont) esteve parcialmente paralisado na manhã de hoje (20). Cerca de 10 mil pessoas iniciaram um protesto organizado pela Articulação do Semi-Árido (ASA) contra a decisão do Governo Federal de não mais continuar com convênio para execução de programas de construção de cisternas e implantação de outras tecnologias que garantem acesso à água e à formação social.

Segundo a coordenadora executiva da ASA na Bahia, Cleusa Alves, “essa é a primeira manifestação de rua que o grupo realiza a respeito da decisão do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) de romper com a parceira com a ASA. Estamos mobilizando deputados, senadores para dar continuidade à negociação junto ao Governo Federal”. Ainda de acordo com a organização, foram confirmadas cerca de 250 caravanas vindas de todos os estados do semiárido nordestino e do Norte de Minas Gerais para realizarem protesto contra a decisão.

A manifestação começou nas primeiras horas da manhã, na Orla Nova de Juazeiro, e seguiu para Petrolina, onde os manifestantes encerrarão o protesto em frente à catedral na tarde de hoje. As organizações que compõem a ASA decidiram pela mobilização em massa como uma estratégia de tornar público o impacto desta decisão na vida de milhares de pessoas do Semiárido brasileiro.

O Governo Federal, até então parceiro da ASA, agora vai priorizar uma das metas do Plano Brasil Sem Miséria, que prevê a construção de 300 mil cisternas de plástico PVC. A parceria agora passa a ser feita com estados e municípios, excluindo a sociedade civil organizada do processo de execução. A sugestão dada pelo Ministério do Desenvolvimento Social é que a ASA negocie sua ação em cada um dos estados contemplados a fim de que continue sendo uma das organizações que difunda o uso da cisterna para garantir o acesso à água no Semiárido.

Contudo, no entendimento da ASA, o que deve ser considerado não é apenas o cumprimento de uma meta, mas sim a qualidade desta oferta. De acordo com representantes da Coordenação Executiva, “trata-se de uma estratégia que inviabiliza todo um processo produtivo e pedagógico que ao longo dos anos vem apresentando excelentes resultados. As cisternas de plástico têm um custo maior e durabilidade muito menor que as cisternas construídas anteriormente. A construção será feita por empresas, excluindo a possibilidade de geração de renda para as comunidades, como acontece com as cisternas de placas que são construídas por pedreiros/as das comunidades rurais. A saúde, a segurança alimentar e nutricional, a educação e outros aspectos presentes na metodologia de trabalho da ASA também seriam desconsiderados na nova forma de distribuir cisternas, que se mostra como mais uma estratégia de manutenção da chamada “indústria da seca””.

Durante a mobilização na manhã de hoje, houve apresentações culturais, com a presença de poetas e cantores populares, cordelistas, encenações teatrais, além da participação de representantes das organizações dos estados e das famílias que tem melhorado suas condições de vida a partir da contribuição destes programas que são parte de um processo de transformação social.

Segundo informações da Polícia Militar, não houve incidentes no local. O trânsito foi interrompido cerca de 30 minutos, mas, de acordo com o capitão Roberto, “tudo ocorreu dentro do previsto e, em pouco tempo, o trânsito volta à normalidade”.

 

Diário da Região

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