Programas levam serviços de emissão de documentos para diversas cidades do estado.
A emissão da primeira via do CPF é gratuita, mas para segunda é
cobrada uma taxa de R$ 5,50. O valor é pequeno se for levada em
consideração a quantidade de restrições que sua ausência impõe ao
cidadão. Sem este documento é impossível abrir uma conta corrente,
prestar concurso público (incluindo vestibular), matricular-se em
instituições de ensino, ter acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) e
Sistema Único de Assistência Social (Suas), inscrever-se em programas
assistenciais, a exemplo do Bolsa Família, dentre outras limitações como
realizar uma simples compra com cartão de crédito.
Na Paraíba, o Programa Cidadão, criado em 1992, leva serviços de
emissão de documentos para diversos municípios do estado. O programa é
vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Humano (Sedh). O
Programa Cidadão atende a pessoas que estão impossibilitadas de
comparecer a um local de atendimento por estar convalescendo ou por ser
portador de necessidades especiais. Os serviços oferecidos são:
primeira e segunda vias de Identidade Civil e CTPS ou Carteira de
Trabalho, Atestado de Antecedentes Criminais, primeira via de CPF,
segunda via do Registro de Nascimento e foto ¾ .
O Programa já percorreu neste ano 66 municípios, atendendo 12.444
pessoas. Foram emitidos: 4.821 CPFs, 9.858 RGs e 2.548 carteiras de
trabalho. No posto fixo, no bairro do Varadouro, na Capital, foram
atendidas 6.169 pessoas e foram emitidos 1.413 CPFs, 5.701 RGs e 511
carteiras de trabalho.
A coordenadora do projeto, Cristina Cassimiro, afirma que a população
onde mais se constata a ausência de documentos é a que está na zona
rural e com baixo poder aquisitivo. “Ainda há na Paraíba comunidades
rurais muito isoladas. O Programa Cidadão já recebeu pessoas idosas, com
mais de 90 anos, que nunca tiraram o RG. Essas pessoas passaram a vida
às margens da sociedade, vivem privados de um direito como a
aposentadoria, por exemplo”, conta Cristina.
Os documentos civis de identificação, continuou a coordenadora,
"representam o cidadão e sem isso, é como se a pessoa não existisse para
o Estado. Ela fica impossibilitada de exercer sua cidadania”.
Com JP Online
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