A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) revelou, este sábado, ter tratado em três hospitais na Síria, com os quais colabora, ter tratado cerca de 3600 doentes com «sintomas neurotóxicos», dos quais acabaram por morrer 355 pessoas, nas sequência do alegado ataque químico que ocorreu na quarta-feira, nos arredores de Damasco.
«O pessoal médico destes hospitais proporcionou informação detalhada aos médicos do MSF sobre um grande número de doentes que chegavam com sintomas como convulsões, excesso de salivação, pupilas contraídas, visão turva e dificuldades respiratórias», revelou Marta Cañas, sub-diretora de operações dos MSF, citada pelo jornal espanhol El País.
«A MSF não pode confirmar cientificamente a causa destes sintomas, nem identificar a autoria do ataque», acrescentou Canãs, explicando, no entanto, que os sintomas apresentados pelos doentes, a chegada massiva de pacientes e a contaminação sofrida pelos médicos e outros responsáveis pelos primeiros socorros «apontam claramente para uma exposição a agentes neurotóxicos».
Também este sábado, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou ter contabilizado 322 mortos, vítimas de «gases tóxicos» nas proximidades de Damasco, na passada quarta-feira, baseando-se em novos relatórios médicos, estando entre as vítimas mortais «54 crianças, 82 mulheres, dezenas de rebeldes e 16 corpos não identificados».
Abola.PT
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